CREDN debate relações Brasil-Rússia e a contribuição da Revolução de 1917 para a ordem mundial
De acordo com o diplomata, a Revolução Russa venceu 14 potências da época e criou um balanço estratégico com o Ocidente, algo que, na sua avaliação “tem sido determinante para evitar uma nova guerra até os dias de hoje”. Ele destacou ainda a influência deste processo nas lutas independentistas, especialmente na África.
Sergei Akopov criticou ainda o que chamou de “russiofobia”, uma estratégia liderada pelos Estados Unidos de vender à comunidade internacional a imagem de uma Rússia agressiva, cujos interesses em combater a Europa ameaçariam a segurança internacional. “Pelo contrário, é a OTAN quem continua se fortalecendo militarmente e avançando em direção às fronteiras da Rússia. O que buscamos é defender os nossos interesses sem nenhum alinhamento”, explicou.
Já para a professora Zoia Prestes, coordenadora do Curso de Pedagogia da Universidade Federal Fluminense (UFF), a Revolução Russa foi um autêntico movimento revolucionário liderado pelos trabalhadores. Filha de Luís Carlos Prestes, ela viveu 15 anos na então União Soviética e afirmou que o movimento que derrubou a monarquia czarista sempre esteve focado na educação. “Foi um privilégio viver exilada na Rússia”, afirmou.
Já o presidente da Câmara Brasil-Rússia de Comércio, Indústria e Turismo, Gilberto Ramos, destacou a importância da Parceria Estratégica firmada entre os dois países e apontou a aliança tecnológica como tema que deveria ser priorizado na agenda bilateral, com o envolvimento dos respectivos bancos de desenvolvimento.
Ele também lembrou que a Rússia é o maior importador de vários produtos brasileiros e chamou a atenção para a realização da Cúpula Euroasiática-MERCOSUL que será realizada em novembro e que poderá representar uma grande oportunidade para o aprofundamento das relações econômicas e comerciais.
Jornalista responsável: Marcelo Rech
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