A deputada foi acionada nas redes sociais (Facebook e Twitter) por estudantes, a maioria acreanos que cursam Medicina há vários anos na Bolívia. Eles contaram que são obrigados a "pagar valores altíssimos pelo visto estudantil" e, segundo afirmam, jamais foram alertados sobre esta exigência. Perpétua Almeida se reuniu com o embaixador boliviano para discutir as reclamações.

A averiguação de José Samaniego pode gerar providências imediatas do governo boliviano em caso de irregularidades cometidas por servidores contra estudantes que cursam Medicina naquele país. Durante a reunião, o embaixador admitiu ter recebido, por correio eletrônico, reclamações de estudantes que demonstravam “desespero” ao relatarem os supostos abusos.

Perpétua entregou ao embaixador cópias de reportagens veiculadas no Acre, em que os estudantes responsabilizam a Imigração Boliviana por aplicar multas que chegam a R$ 1,4 milhão a um grupo de 400 brasileiros somente na Universidade Privada Upal, em Cochabamba. Deixando de quitar esta “dívida”, a matrícula seria cancelada, informou o aluno Vanderson Araújo.

“Buscamos uma solução comum para fortalecer a boa relação entre Brasil e Bolívia, e assegurar direitos legais. As transgressões à lei, se houver, A deputada acreana também apresentou ao embaixador tópicos do acordo internacional assinado pelos dois países, segundo os quais, “será dada permissão aos nacionais residentes nas fronteiras para o exercício de trabalho e frequência a estabelecimentos de ensino público e privado”.  Na audiência, o senador Sérgio Petecão (PSB) representou a Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Vanessa Marques - Assessora de Comunicação