Aécio Neves vê mudança de tom do Brasil em Cúpula do Clima, mas cobra ações concretas
O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, Aécio Neves (PSDB-MG), viu uma mudança de tom do Brasil sobre as questões ambientais, externada nesta quinta-feira, 22, pelo presidente Jair Bolsonaro, durante a Cúpula do Clima, promovida pelos EUA. No entanto, o deputado cobrou ações concretas para que o Brasil também recupere o protagonismo e a liderança nas negociações ambientais.
“A participação do presidente Bolsonaro na Cúpula do Clima mostrou uma intenção de mudança de enfoque a respeito das preocupações mundiais com o clima e o desmatamento. Creio que o governo brasileiro entendeu a importância que tem a agenda ambiental para a atração de investimentos e a abertura de mercado para os nossos produtos”, explicou.
Nesta quarta-feira, 21, Aécio Neves enviou carta aos ministros das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em que expressou a preocupação dos membros da CREDN com o atual desenvolvimento e apresentação da posição brasileira na agenda ambiental internacional.
Na oportunidade, o deputado recordou que “iniciativas de política externa centrais para a recuperação econômica do Brasil, que fazem parte do mandato desta Comissão, como a assinatura e ratificação de acordos de livre comércio, a adesão do país à OCDE e a abertura de mercados internacionais para as exportações brasileiras, entre outras, dependem, em boa medida, da manutenção dos compromissos internacionais do Brasil nas negociações sobre a mudança do clima”.
Ao apontar a mudança no comportamento do Brasil, expressada pelo presidente Bolsonaro, Aécio Neves advertiu para os resultados. Segundo ele, “essa nova postura precisa vir acompanhada de ações concretas, sobretudo no combate ao desmatamento ilegal, bem como de um maior envolvimento e liderança nas negociações multilaterais ambientais. Temos essa expertise desde a organização da Rio-92 e devemos aplicá-la às próximas conferências, a COP-26 e a da Biodiversidade, a COP-15”, destacou.
Assessoria de Comunicação e Imprensa - CREDN