Devolução do trecho da BR-040, entre Brasília e Juiz de Fora, é tema de audiência pública na CFFC

Extensão da rodovia que está sob responsabilidade da Via 040, do grupo Invepar, deveria ser duplicado até 2018. Assunto foi debatido em audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara nesta quarta-feira (14/08)
25/03/2011 16h10

Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Devolução do trecho da BR-040, entre Brasília e Juiz de Fora, é tema de audiência pública na CFFC

Audiência pública sobre o contrato de concessão pertencente a Via 040, do grupo INVEPAR

O trecho da BR-040, entre Brasília e Juiz de Fora, que está sob responsabilidade da Via 040, pertencente ao grupo Invepar, foi tema de audiência pública nesta quarta-feira (14/08) na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. O grupo realizará a formalização da devolução do trecho ao poder público na próxima semana.

Segundo requerimento do deputado Padre João (PT/MG), o trecho da rodovia deveria ter sido duplicado até o ano de 2018. Atualmente, apenas 73 km foram duplicados, em sua maioria no estado de Goiás. A falta de duplicação é um dos principais motivos de acidentes e mortes na rodovia.

“Ressalto que a situação continua sendo crítica. Não podemos achar normal, em 6 meses, 75 óbitos. O usuário está pagando e não recebe uma segurança total”, disse o parlamentar.

O gerente de Relações Institucionais do Grupo Invepar Frederico Souza admitiu a falta de duplicação em trechos da BR-040, mas defendeu a situação explicando a necessidade de licença de instalação para a realização do trabalho.

“A duplicação foi realizada em Goiás porque existe a necessidade de um enquadramento. Uma portaria interministerial dispensa alguns pontos da licença de instalação em áreas de 5 a 25 km e que não fossem em área de preservação. ”

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) acompanha a situação, ressaltou que há vários trechos sem pendência de licença ambiental para a duplicação, e um novo processo de licitação para a concessão do trecho da rodovia deverá ser aberto em dois anos.

O Tribunal de Contas da União (TCU) concordou com as inexecuções e poderá ser consultado sobre a nova licitação. O processo será acompanhado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.