Deputados conhecem o modelo esportivo chinês e realizam visita técnica do legado dos Jogos China 2008

As Olimpíadas e Paralimpía­das de Pequim, em 2008, conquis­taram, como um dos legados, o aumento de 10% de participação da população chinesa no esporte. Antes dos Jogos, apenas 23% dos chineses praticavam espor­te; até 2018, a meta é que o esporte alcance 40% da população.
04/11/2015 16h25

Deputados conhecem o modelo esportivo chinês e realizam visita técnica do legado dos Jogos China 2008

Comitiva de deputados na Universidade de Esporte de Xangai

Reconhecida mundialmente como exemplo de potência esporti­va, a China possui um sistema edu­cacional de referência. O esporte é obrigatório na grade curricular. Prin­cípios morais, intelectuais, esporti­vos e artísticos são ensinados nas escolas públicas e privadas do país.

Diante de tanto sucesso e avanço no esporte que a China tem con­quistado nos últimos anos, neste momento importante, em que o Brasil discute e constrói o Sistema Nacional do Es­porte e o Plano Nacional do Esporte, mem­bros da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados foram co­nhecer e aprender sobre as ino­vações do modelo chinês e, assim, ajudar o Brasil a construir seu pró­prio modelo esportivo.

Durante os dias 23 de outubro a 1º de novembro, a comitiva com­posta pelos deputados Márcio Mari­nho (presidente da Comissão), Cle­ber Verde, Evandro Roman, Flávia Morais e José Rocha se reuniu com autoridades chinesas e conhe­ceu as estruturas esportivas do país, entre centros de treinamen­tos, o estádio Nacional Ninho de Pássaro, o Centro Aquático Nacional de Pequim – Cubo D’Água, a Univer­sidade de Desportos de Pequim e a Universidade de Esporte de Xangai.

A Universidade de Desportos de Pequim, responsável pelo marco do início do ensino supe­rior moderno da China no espor­te, desde 1954 já formou 50 mil atletas, além de treinadores, ges­tores e professores. Um dos prin­cipais objetivos da instituição é que o esporte seja tratado como ciência e que tenha a participa­ção e envolvimento da sociedade.

A prática esportiva na China se inicia a partir dos seis anos de idade. Pela manhã as crianças es­tudam as disciplinas regulares em sala de aula e, durante à tarde, fa­zem treinamentos específicos de diversas modalidades esportivas.

Em encontro com o vice-presi­dente da Assembleia Popular Na­cional (APN) da China, Che Zhu, foi apresentada aos parlamenta­res brasileiros a Lei do Esporte na China, que existe há 20 anos. Che Zhu fa­lou de Pequim como sede dos Jo­gos Olímpicos de Inverno em 2022 e também do legado conquistado com o Plano China Saudável, que incentiva a população a caminhar 10 mil passos por dia, sendo 3 mil mais rápidos, e equilibrar a alimen­tação para manter a saúde em dia.

O presidente do Comitê de Edu­cação, Ciência, Cultura e Saúde Pú­blica da APN, Liu Binjie, destacou à comitiva da CESPO a integra­ção nas áreas de saúde e esporte, prevista na Lei do Esporte, e infor­mou que o orçamento e as ações nessas áreas são separados. Liu afir­mou também que os 66 artigos do plano de saúde destacam a prática do esporte, demonstrando como as duas áreas caminham juntas. O par­lamentar classifica que o principal legado das olimpíadas de 2008 foi a infraestrutura de arenas e o cultu­ral incentivo para a prática esportiva.

Além de Pequim, os deputados também visitaram Xangai, uma das cidades-sede dos Jogos de 2008. A Universidade de Esporte de Xan­gai abriga a faculdade especial de tênis de mesa, está em negocia­ção para estabelecer a faculdade de handebol e conta com uma es­cola de treinadores. A Universida­de está aberta para a comunidade praticar atividade física em diver­sos horários, uma vez que o cam­pus conta com uma estrutura de vários espaços que ficam ociosos. 

Deputados visitam a Assembleia Popular Nacional da China
Deputados visitam a Assembleia Popular Nacional da China

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Deputados no Centro Aquático Nacional de Pequim – Cubo D’Água