ONGs e instituições fazem propostas para melhorar a área educacional no Brasil

Entre as sugestões estão a revogação da emenda constitucional do teto de gastos, universidade pública paga para quem puder pagar e mais dinheiro para a educação
15/08/2017 18h40

Acervo/Comissão de Educação

ONGs e instituições fazem propostas para melhorar a área educacional no Brasil

Rodrigo Capelato defende universidade paga para quem tem condição financeira

A falta de dinheiro para a educação foi um dos temas abordados na audiência pública em que foram debatidas propostas prioritárias e sugestões da sociedade civil na área educacional. Mas as discussões foram bem além da questão financeira. Dez entidades e ONGs participaram das discussões.  

A Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP), afirmou que a maioria dos professores em atividade no Brasil é formada na iniciativa privada. O dado preocupante é que há cada vez menos pessoas interessadas em seguir a carreira do magistério. Amábile Pacios, representante da FENEP, deu um dado alarmante: “Na minha instituição, quando aparecem cinco inscritos no vestibular para licenciatura em Física, a gente comemora”, ela revelou. E disse também que existe um “apagão de professores” no país, onde é cada vez mais difícil encontrar quem lecione disciplinas como geografia e física, por exemplo. Por conta disso, a FENEP sugere que haja um bônus para as instituições de ensino superior que continuarem interessadas em oferecer cursos de licenciatura.

O congelamento de gastos imposto pela emenda constitucional 95, também foi criticado. A Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (Fineduca), defende a revogação da emenda e ainda a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 15, de 2015, que torna permanente o Fundeb - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.

Rodrigo Capelato, diretor executivo do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior (SEMESP), disse que a entidade acaba de formular um documento com diversas propostas para a área da educação. Entre elas, está a possibilidade de que os alunos que tiverem condição financeira paguem pelo curso superior em universidades públicas. Capelato também defendeu a parceria entre a pesquisa e o setor produtivo e a substituição do mestrado acadêmico pelo mestrado profissional, voltado ao mercado de trabalho. Os interessados em permanecerem na academia, poderiam passar direto para o doutorado.

A audiência pública foi solicitada pelo deputado Arnaldo faria de Sá (PTB-SP).

Veja aqui como foi a audiência pública sobre propostas prioritárias e sugestões da sociedade civil na área educacional.

CONVIDADOS:

CATARINA SANTOS - Campanha Nacional pelo Direito à Educação - Apresentação

BRUNO COIMBRA - Assessor Jurídico da Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior – ABMES - Apresentação

RODRIGO CAPELATO - Diretor Executivo do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior de São Paulo - SEMESP - Apresentação

SÓLON HORMIDAS CALDAS - Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular - Apresentação

AMÁBILE APARECIDA PACIOS - Presidente da Comissão de Nível Superior – FENEP

RENAN FERREIRINHA - Cofundador do Mapa Educação - Apresentação

DANIEL JO - Presidente da International Youth Fellowship - IYF Brasil - Apresentação

JOÃO LUIZ CESARINO DA ROSA - Membro do Conselho de Representantes da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino – CONFENEN - Apresentação

WELLINGTON FERREIRA JESUS - Representante da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação – FINEDUCA - Apresentação

ELIZABETH GUEDES - Vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares - ANUP