Como implantar a coleta seletiva
1. A primeira providência é montar uma equipe de no máximo seis pessoas, cujos integrantes tenham responsabilidades e aptidões diferentes.
2. Este grupo vai levantar as informações sobre o tema: quantidade e tipo de resíduo gerado no local em que a coleta seletiva será implantada; entrevista com as pessoas envolvidas – geradores e trabalhadores; verificar o destino que já vem sendo dado aos diversos tipos de resíduos (há locais que já vendem por conta própria ou doam para terceiros); os horários da coleta pelo serviço de limpeza urbana; a existência de rotina ou de procedimento de recolhimento já adotado pelos serventes ou faxineiros; se já existe parcerias com grupos beneficiados; relacionar pessoas mobilizadas com vontade de ajudar na implantação da coleta seletiva; etc.
3. Levantamento/pesquisa de tipos, preços, tamanhos e quantidades de coletores a serem usados (internos e externos). Preparar um orçamento.
4. Elaboração do procedimento (escrito) para o gerador referente ao processo de separação dos resíduos: o que e como cada gerador (morador ou funcionário) deverá fazer no ato da separação dos resíduos, levando em conta os coletores a serem usados e as respectivas cores. Poderá ser um folder explicativo curto e sucinto. 
5. Elaboração do procedimento (escrito) para os auxiliares de limpeza e a retirada dos resíduos dos respectivos coletores: adotar sacos plásticos de cores diferenciadas na hora da retirada dos coletores, definir os locais de depósito temporário, definir os horários de recolhimento pelo SLU, esclarecer o destino dos resíduos recicláveis separados, definir quem será beneficiado (no caso de catadores ou entidades sociais)e em que horário este recolhimento deverá acontecer, etc.. Lembre-se de que quanto maior for a transparência das ações, mais significativo será o resultado.
6. Definição das formas de divulgação dos procedimentos junto aos geradores: cartazes, folderes, visitas pessoais, panfletos nos elevadores, em cada sala ou residência, etc.
7. Cursos de treinamento ou oficinas de arte-educação para os funcionários da limpeza, pois eles também poderão orientar os geradores (moradores ou funcionários). Criar um canal de comunicação direto entre eles e o gestor do programa de coleta seletiva.
8. Definido o destino do material reciclável coletado, será preciso encontrar um local no prédio para armazená-lo temporariamente (por exemplo, um canto na garagem ou numa área externa só para este fim), até que seja recolhido pelos grupos beneficiados. Para os demais resíduos segue a determinação do SLU. Caso haja coleta seletiva regular na cidade adotar as orientações pela instituição responsável. Existem casos em que os recicláveis coletados são vendidos pelos responsáveis e os recursos levantados doados para alguma entidade ou pessoa necessitada. Assim vale definir quem controlará o fluxo de dinheiro e prestará contas, etc.
9. Após implantada a coleta seletiva manter um monitoramento de quantidades geradas por semana, feito a cada mês, ou diariamente conforme a disponibilidade de tempo, mantendo o público gerador informado do resultado alcançado e dos benefícios sociais obtidos. Se puder fotografe os erros de separação, para depois corrigir no momento certo.
10. As campanhas de conscientização dos geradores, podem ser feitas por meio de reuniões, bate-papo nos corredores, cartazes e até de um boletim mensal, de modo constante para o pessoal não esquecer. Também poderão ser feitas gincanas com as crianças e cursos de artesanato com secretárias do lar e demais interessados, utilizando o próprio material coletado.
Dicas importantes:
-
Existem diversos sites com dicas para a implantação de um programa de coleta seletiva. É só clicar com palavras chaves ou ainda pedir imagens pelo GOOGLE. Vai aparecer muita coisa mesmo!
-
Não existe uma receita única, cada caso é um caso. Use o seu poder de criatividade e encontre seu próprio jeito de fazer.
-
Fotografe tudo que puder pois esta será a memória do seu trabalho e que poderá ser contada para outros.
Jacimara Guerra Machado - Ecocâmara