Dia da Terra: momento de reflexão e atitude

Após a celebração do Dia da Terra, comemorado no dia 22 de abril, ganha força o debate sobre a necessidade de se adotar novos modelos de desenvolvimento econômico, atentos à conservação dos ecossistemas e aos limites da exploração dos recursos naturais.

Tratar a Terra como fonte de riqueza inesgotável para atender às necessidades humanas já faz parte do passado. Hoje, no terceiro milênio, sabe-se que, para preservar as condições de vida das futuras gerações, os recursos ambientais devem ser explorados de forma sustentável, isto é, deve-se fazer uso eficiente das matérias-primas, aumentando a reutilização e reciclagem, com justiça social e de forma economicamente viável.

Outro ponto em comum entre os ambientalistas é considerar os esforços voltados à educação e sensibilização elementos motores para a mudança de atitude. Desafio esse ainda a ser superado.

 

Pegada Ecológica: um mecanismo de sensibilização

No início da década de 90, os cientistas Mathis Wackernagel e William Rees desenvolveram uma ferramenta que traduz em números o quanto o comportamento individual e coletivo do homem desgasta a Terra. Pelo método de questionário, a ferramenta calcula o impacto ambiental provocado pelo consumo de bens e serviços e pela produção de resíduos. Seu propósito é demonstrar que todos - cidadãos, empresas comerciais e entidades governamentais - são co-responsáveis pela preservação do planeta.

 

A Câmara em ação ambiental

Diante do novo paradigma de reduzir, reciclar e reaproveitar, a Casa esforça-se para conduzir suas atividades administrativas de forma ambientalmente responsável. A primeira prova disso foi a instituição, em 2002, do Núcleo de Gestão Ambiental Ecocâmara. Desde então, vêm sendo implementados pelo Núcleo projetos que visam à destinação correta de resíduos e favorecem a Associação de Catadores Brascicla/Cortrap, que se sustenta com a reutilização e reciclagem de matérias-primas.

 


Gerenciamento dos resíduos de saúde

O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), desenvolvido pelo Departamento Médico em parceria com o EcoCâmara, está entre os procedimentos de preservação ambiental mais bem sucedidos na Casa.


Após a implementação do Plano, a Câmara conseguiu reduzir o volume de lixo submetido à incineração, forma de tratamento controversa adotada na eliminação de resíduos biológicos e químicos. A estimativa era reduzir os 100% de resíduos incinerados para 30%, em 2004. Já no primeiro monitoramento, a meta foi alcançada com sucesso. Neste ano, no mês de março, atingiu o índice de 17,75%.


Além do PGRSS, outras ações estão em curso, como a coleta seletiva do lixo comum (separação de papel e plástico), e, em desenvolvimento, o projeto de descarte dos resíduos do setor de transporte, que pretende dar a correta destinação para os produtos insolúveis (como óleo e tintas). O uso dos recursos hídricos e energéticos também vem sendo controlado; e um grande volume de água, reaproveitado nos jardins da Casa.

 

 


Texto produzido pelo Núcleo de Gestão Ambiental - EcoCâmara, em 15 de maio de 2006.