Cefor distribui pen drives para reduzir uso de material didático

O Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento da Câmara dos Deputados (Cefor) adotou uma iniciativa inédita em seus cursos: a distribuição de pen drives como forma de evitar a impressão de material didático. Os dispositivos já trazem todo o conteúdo que, de outro modo, seria distribuído em papel, tais como horário, programa, apostilas e template para o trabalho final. A medida proporciona benefícios ao meio ambiente e melhor organização para alunos e professores, além de economia de recursos financeiros.
26/08/2010 14h35

Fotos: Leonardo Prado

Cefor distribui pen drives para reduzir uso de material didático

Uso dos dispositivos permite economia em papel e impressões

Segundo Rogério Ventura Teixeira, diretor do Cefor,  a medida foi pensada a partir da preocupação ambiental com a economia de papel, aliada à busca de uma melhor estruturação dos cursos: “As coisas não precisam estar separadas, a prática ambientalmente sustentável pode também beneficiar a organização das atividades que são desenvolvidas”.

Foram adquiridas 200 unidades de pen drives, com capacidade de dois gigas cada, que já começaram a ser utilizadas em agosto pela turma do curso de Especialização em Processo Legislativo. Com 360 horas/aula de duração, o curso exigiria que fossem impressas, por Rogério Ventura: sustentabilidade e organizaçãoaluno, pelo menos 20 apostilas, com 50 páginas cada (em média) cada.

Somando impressão e encadernação, cada apostila teria um custo unitário de aproximadamente R$ 20 – o que totalizaria gastos de R$ 400. Já os pen drives saem por cerca de R$39 a unidade, ou menos de 10% do valor anteriormente gasto. No caso de cursos de curta duração, serão distribuídos CDs, que saem por menos de R$ 1 a unidade.


Benefícios diversos

Além da economia de recursos financeiros e de benefícios ao meio ambiente, a medida também representa vantagens práticas: o aluno tem armazenado e ao alcance da mão todo o material didático, facilitando consultas, sem que seja preciso carregar quilos e mais quilos de papel. E os pen drives serão usados também para armazenar os trabalhos desenvolvidos no decorrer dos cursos – e podem, ainda, serem reutilizados para outros fins após a conclusão da atividade didática.

Grande quantidade de apostilas deixará de ser produzidaOutra vantagem associada aos pen drives é a agilidade com que as informações podem se tornar disponíveis nessa mídia, o que permite evitar desperdícios. Como o processo de impressão e encadernação demanda muito tempo, as apostilas tinham que ser preparadas com grande antecedência. Quando um aluno desistia da matrícula antes do início do curso, o material já havia sido produzido, levando inevitavelmente à perda do material.

Agora, um número de pen drives inferior ao de alunos matriculados é preparado e o restante só fica pronto junto com o prazo final de entrega nas salas de aula, fazendo com que apenas a quantidade certa seja disponibilizada. Em casos de eventuais excessos, o processo de reaproveitamento também é simples e rápido.

 Paulo Henrique Silva, coordenador da área temática Educação Ambiental do núcleo de Gestão Ambiental da Câmara dos Deputados (EcoCâmara) ressalta a importância do exemplo fornecido pela medida: “Acho uma idéia excelente, não só pela economia de papel e pela praticidade, mas também pelo seu caráter educativo. Hoje, na sociedade, as pessoas já começaram a incorporar os conceitos de sustentabilidade e estão mais atentas aos desperdícios e economias. Logo, ao adotar medidas econômicas e de claro apelo ambiental, o Cefor reforça o seu papel de educar pela prática, o que, em muitos casos, surte mais efeito que a educação formal.”