EcoCâmara replanta palmeira imperial

O EcoCâmara, aproveitando o período de chuvas,  plantou uma palmeira imperial, que estava faltando  no conjunto do jardim, plantado entre 2003 e 2004, em frente ao Anexo I, com o objetivo de recompor o espaço.


A palmeira original morreu misteriosamente no ano passado, e foi retirada do local pelo Departamento de Parques e Jardins do DF. Nem mesmo o engenheiro florestal que acompanhou a retirada e pesquisou a causa da morte da planta conseguiu identificar o motivo.


O replantio foi feito com uma muda, originada de sementes de outra palmeira do mesmo local. “Agora temos mãe e filha juntas”, afirma Raquel Osório, entusiasmada com o procedimento.


Palma Mater

O sítio do Jardim Bôtanico do Rio de Janeiro informa que entre as primeiras plantas introduzidas no Jardim Botânico havia uma palmeira, a Palma Mater, originária do Caribe. Era o primeiro exemplar de Roystonea oleracea, ofertado ao príncipe regente pelo oficial de marinha Luiz de Abreu Vieira e Silva, que o trouxe do Jardim La Pamplemousse, das Ilhas Maurício. A palmeira, que foi plantada pelo próprio Dom João, a partir daí ficou conhecida popularmente como palmeira real ou imperial.


Em 1829, a palmeira floresceu pela primeira vez. Para que o Jardim Botânico tivesse o monopólio dessa espécie, o diretor Serpa Brandão mandava colher e queimar todos os seus frutos. Entretanto, à noite, os escravos subiam na árvore, colhiam os frutos e os vendiam, na clandestinidade.


Foi assim que a espécie, plantada por D. João em 1809, se dispersou por todo o país, tornando-se símbolo de status social e político e mais conhecida até do que palmeiras da flora nativa. A palmeira original ficou, então, conhecida como Palma Mater.


Quando tinha 38,70 metros, em 1972, a Palma Mater foi fulminada por um raio. O tronco foi preservado e encontra-se em exposição no Museu Botânico. Em seu lugar, foi plantado outro exemplar.


Texto produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Câmara dos Deputados - dia 11/02/2007