Durante as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente – 5 de junho – a Câmara dos Deputados formalizou mais dois acordos de cooperação,  em benefício do Parque Multiuso Bosque dos Constituintes, que foi adotado pela Câmara dos Deputados em novembro do ano passado. Agora, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) e a Escola de Paisagismo de Brasília passam a ser parceiros do bosque, juntamente com a Rede de Sementes do Cerrado e com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-DF).

Esses novos acordos de cooperação favorecerão a Câmara na sua tarefa de cumprir o convênio com o Governo do Distrito Federal, por meio do programa “Abrace um Parque” do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) – órgão responsável pela gestão dos parques do Distrito Federal. Pelos termos da adoção, a Câmara e seus parceiros terão de resgatar o conteúdo histórico, paisagístico e florístico do Bosque dos Constituintes, tornando-o um local de interesse histórico, ambiental, educativo e cultural para a população de Brasília e para os turistas. A instituição trabalha para tornar a área, de 70.000 m², um jardim histórico – o primeiro a ser tombado pelo Patrimônio Nacional no DF –, como forma de preservar a memória daquela importante etapa da democracia brasileira, que foi marcada pelos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte.

A Adasa, única agência reguladora do Distrito Federal, tem como meta a regulação do uso da água e dos serviços públicos do DF, bem como planejar e promover ações destinadas a prevenir ou minimizar os efeitos das secas e inundações, em articulação com outros órgãos.

No caso do Bosque dos Constituintes, o acordo de cooperação com a Adasa permitirá:

• Utilizar de maneira responsável a água para irrigar o Bosque dos Constituintes, de forma a garantir o desenvolvimento das mudas plantadas e sua manutenção, sobretudo em períodos de estiagem.
• Promover a criação, no bosque, de ambientes educativos relacionados ao uso sustentável da água, bem como à sua importância ambiental e ao seu uso responsável, que poderão ser utilizados livremente, tanto pela Câmara dos Deputados, quanto pela Adasa, em suas ações de educação ambiental. O local já foi batizado de “Praça da Água”.

A abertura de poços artesianos, para irrigação, que sejam modelo e parâmetro para outras ações educativas (procedimentos corretos para sua construção e sobre a obtenção de outorga do direito do uso de água subterrânea), que ora estão sendo estimuladas pela Adasa.

A exposição e utilização de técnicas e sistemas de irrigação que possibilitem o melhor uso da água e sua dispersão no ambiente.

Construção de sistemas e poços de captação de água de chuva (projeto de recarga de aqüífero), como forma de demonstrar a necessidade de infiltração e de permeabilidade do solo como garantia da manutenção dos mananciais.

Com a Escola de Paisagismo de Brasília, o acordo de cooperação permitirá:

• a utilização de sua área verde como laboratório a céu aberto, nas disciplinas relacionadas ao paisagismo urbano e de parques, para alunos da referida escola;
• desenvolvimento de projetos experimentais relacionados à melhor prática de manejo e de manutenção de áreas verdes abertas;
• elaboração de propostas de aplicação de técnicas e de projetos de paisagismo para as praças temáticas e para as áreas de uso comum que serão constituídas no Bosque dos Constituintes; e
• desenvolvimento de ações relacionadas à reconstituição da flora original do cerrado, em comum acordo com a Rede de Sementes do Cerrado e com os demais órgãos ambientais, sobretudo o Ibram.

Ao agregar dois parceiros dessa envergadura e importância – Adasa e Escola de Paisagismo de Brasília – a Câmara dos Deputados reforça a sua proposta de trabalho para o Bosque dos Constituintes, de modo que todos os seus aspectos mais importantes sejam compartilhados com especialistas multidisciplinares – que poderão, portanto, transformar o parque numa área exemplar para todo o país.

Matéria produzida pela secretaria de comunicação da Câmara dos Deputados em 20/07/2009.