Câmara dos Deputados celebra os 200 anos de independência do Brasil

04/09/2017 19h15

Em 2022, o Brasil comemora 200 anos de independência. Como parte da história e guardiã da memória do País,  com seu acervo cuidadosamente preservado, a Câmara dos Deputados realiza uma série de atividades para lembrar a data e também o bicentenário de outros fatos importantes que a antecederam. Os eventos incluem exposições, concursos, publicações e homenagens.

A cada ano, será escolhido um homenageado ou um evento a ser celebrado. O tema escolhido para 2021 é a eleição dos deputados brasileiros às Cortes de Lisboa. Em 2020, foi lembrada a Revolução Constitucionalista do Porto. No ano anterior, o homenageado foi José Bonifácio de Andrada e Silva. Em 2018, os dois séculos da aclamação de Dom João VI como rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Em 2017, a Casa lembrou os 200 anos da chegada da imperatriz Maria Leopoldina, esposa de Dom Pedro I, personagem importante no processo separatista. Nascida em Viena, filha do imperador Francisco I da Áustria e de Maria Isabel de Bourbon, foi educada em uma das mais poderosas cortes europeias da época. Apreciadora de botânica e mineralogia, foi preparada para manter fidelidade à monarquia absolutista. Entretanto, acabou por assumir papel de protagonismo na libertação da colônia de Portugal.

Coube a Maria Leopoldina, então princesa regente do Brasil por conta de uma viagem de Dom Pedro a São Paulo, presidir a reunião do Conselho de Estado que deliberou pela independência do Brasil. Em seguida, em carta ao marido, escreveu: “O pomo está maduro, colheio-o já, senão apodrecerá”.

Celebrações

O primeiro marco das comemorações no Parlamento brasileiro dos 200 anos de independência ocorreu em junho de 2008, no Salão Negro do Congresso Nacional, quando a Câmara destacou o segundo centenário da vinda da corte portuguesa para o Brasil, fugindo do exército do imperador francês Napoleão Bonaparte. A chegada de Dom João VI e sua família daria origem à formação do Estado Nacional.

Em 1815, um ano após a derrota de Napoleão e obrigado a justificar sua permanência na colônia, o príncipe regente Dom João elevou o Brasil à condição de reino unido de Portugal e Algarves.

Com a morte de Dona Maria I, Dom João tornou-se rei e, em 1821, se viu forçado a retornar a Lisboa, deixando seu filho mais velho, Dom Pedro de Alcântara Bragança, como príncipe regente. Com a volta de Dom João, cresceu a pressão dos portugueses para que o Brasil retornasse ao status de colônia. Mas o patamar econômico já alcançado aqui não permitiria o rebaixamento. Ao contrário, levaria à independência do Brasil do domínio português.