Tópicos da Entrevista

Entrevista Almino Affonso

 

Entrevistadores: Ana Maria Lopes de Almeida, Tarcísio Holanda, Ivan Santos.

 

Início – nascimento no interior do Amazonas, em Humaitá, cidade fundada por seu avô materno, Comendador José Francisco Monteiro. História de seu avô materno. História do seu avô paterno Almino Affonso: de origem modesta do Rio Grande do Norte, enfrentou desafios e se formou em Direito em Recife, tornando-se um dos maiores tribunos da região. Foi um dos principais líderes das lutas pela abolição dos escravos, em princípio no Ceará, primeiro Estado a liberta seus escravos, e depois no Rio Grande do Norte, no Amazonas etc. “Era um andarilho da luta abolicionista.” Foi Deputado Constituinte pelo Rio Grande do Norte e incluiu na primeira Constituição da República o direito da participação das minorias. “...figura marcada pela luta e pela entrega de seu conhecimento à causa pública, à causa social...é o meu guru!...”

 

TC 06:25 –

História de seus pais.

História de sua formação acadêmica. Transferência de seu curso de Direito para São Paulo. Reconhecimento de seu talento como orador. Foi eleito presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo.

 

TC 11:01 –

Início da vida política.

Luta pelo petróleo. A Torre do Petróleo, em frente da Faculdade do Largo de São Francisco que era o símbolo da resistência nacionalista.

Transformou-se em um “grande apaixonado defensor da tese do monopólio estatal do petróleo”.

Foi secretário geral da Federação Nacionalista de São Paulo.

Apesar da causa nacionalista tê-lo iniciado na política, havia a necessidade de uma luta pelas causas sociais. Entrada de seu grupo, do qual participava Rubens Paiva, no Partido Socialista.

 

TC 13:11 –

Candidatura e perda das eleições para vereador de São Paulo, em 1955, pelo Partido Socialista.

Perdeu as eleições mas não perdeu mais a aspiração política.

Em 1958, troca a candidatura sem perspectivas a uma vaga de Deputado Estadual em São Paulo por uma campanha vitoriosa para Deputado Federal pelo Amazonas.

 

TC 16:07 –

Emoção na chegada à Câmara dos Deputados, ainda no Palácio Tiradentes, em 1959.

Participação na Frente Parlamentar Nacionalista, ao lado de Sérgio Magalhães, Bento Gonçalves, Neiva Moreira, Clidenor de Freitas, Fernando Santana e outras figuras marcantes daquele período. Foi Secretário da Frente Parlamentar Nacionalista da Câmara.

 

TC 17:17 –

Campanha para sucessão de Juscelino Kubtischek. Recusa de João Goulart, então Vice-Presidente, a aceitar a candidatura à Presidência da República.

Oposição de seu grupo “radical”, nacionalistas, em aceitar a candidatura de San Tiago Dantas, de origem da juventude integralista, advogado de empresas internacionais.

Sua resistência a San Tiago Dantas e também sua admiração por ele, pela sua cultura, pelo seu talento, pela sua oratória didática.

 

TC 19:25 –

1962 - Reeleição, já como líder do PTB.

Movimento da Legalidade.

Convite para o Ministério do Trabalho, aos 33 anos.

 

TC 24:25 –

“...experiência notável, porque em pouco tempo eu pude ver de perto o quanto é difícil governar...”

Crescimento do movimento sindical do campo e das ligas camponesas põe a reforma agrária no centro dos debates políticos.

 

TC 27:50 –

Governo João Goulart.

Problemas sociais. Reformas de base, crise econômica, interesses das elites e do capital estrangeiro geram divisor de águas.

“..Golpe de 1964 corta profundamente o processo de evolução, que pesou e continua pesando, ainda hoje, na história brasileira..”

Absurdos as análises sobre a possibilidade de reformas de natureza comunista. “...João Goulart era um grande latifundiário, proprietário de terras enormes no Rio Grande do Sul...”.

 

TC 30:04 –

Golpe de 1964.

Pesquisa feita um mês antes do golpe revela grande popularidade de João Goulart e 72% considerava a reforma agrária necessária e urgente.

“...é falso dizer que o Presidente João Goular caiu ao desamparo do apoio popular!...a verdade é que as forças majoritárias do Exército e do poder econômico – casados – foram obviamente preponderantes ...”

 

TC 31:01 –

Posição da classe média dividida em relação ao golpe. Influência da Igreja que também estava dividida.

 

TC 33:15 –

(Interferência de Ivan Santos sobre a atuação de líderes políticos que apoiavam o Governo João Goulart)

 

TC 34:23 –

Conversa de João Goulart com Santiago Dantas para elaboração de um “Programa de Coalizão”.

 

TC 37:35 –

Recusa de Leonel Brizola diante da tese de um governo de coalizão, pois implicaria na redução das propostas mais avançadas dos movimentos progressistas.

O governo de coalizão teria representado a consolidação do Governo João Goulart e a manutenção das instituições democráticas no país.

 

TC 40:41 –

San Tiago Dantas diz que a esquerda está se dividindo em positiva e negativa.

Vários setores pressionavam o presidente Jango.

Os sindicatos ficavam em greve, há o movimento dos marinheiros e outros que tornam o governo enfraquecido.

Questão da reforma agrária era uma revolução para a época.

Capital estrangeiro saia do país por causa da instabilidade política.

Divergências partidárias também afetavam o governo.

EUA tentavam evitar relações do Brasil com países comunistas.

 

TC 01:13:20 -

Resistência ao golpe por meio da conspiração e da luta armada dos estudantes.

 

TC 01:14:40

Ele explica como ficou o Congresso Nacional após o golpe de 1964.

 

TC 01:17:20

A guerrilha no campo era um mito, pois havia difusão das idéias, mas nunca um grupo efetivo conseguiu agir.

Brizola tinha um papel importante nesse ponto de organização.

 

TC 01:23:20

Brizola tenta ser Ministro da Fazenda, mas tinha propostas muito radicais.

 

TC 01:25:20

Depois do 31 de março de 64 a Câmara estava agitada com a instabilidade política.

 

TC 01:29:30

Conta o período anterior à revolução de 64, últimos momentos conturbados do presidente Jango.

 

 

TC 01:50:09

Fala sobre sua amizade com San Tiago Dantas e a análise da situação vivente por eles feita por Dantas.

 

TC 01:54:24

Conta como foi o período em que esteve no interior da Bahia, quando volta à Brasília e o exílio político.

 

 

 

Entrevista Almino Affonso II

 

Entrevistadores: Ana Maria Lopes de Almeida, Tarcísio Holanda, Ivan Santos.

 

Início -

Quando as tropas invadiram Brasília Almino e seus companheiros foram para a embaixada fugir da polícia.

 

TC 00:08:26

JK é cassado e vai para o Rio de Janeiro.

 

TC 00:10:34

Almino e seus companheiros foram levados de Brasília para o exílio na Iugoslávia e depois no Chile e Uruguai.

 

TC. 00:31:34

Foram expulsos do Uruguai por causa dos documentos. Depois Almino recebeu salvo conduto do Chile para permanecer no Uruguai.

 

TC 00:36:48

Almino manda a família para o Brasil e vai para o Peru, Argentina e depois Brasil mesmo sem anistia.

 

TC 00:42:30

Quando chega ao Brasil é levados pelo DOPS para ser interrogado.

 

TC 00:54:00

Conta quando foi a um encontro da OEA na Venezuela para representar o Brasil.

 

TC 00:57:20

Quando Almino volta para o Brasil entra para o MDB antes da anistia.

 

TC 01:01:00

Em Lisboa, Brizola faz um encontro para discutir o fim do MDB e o surgimento de outros partidos.

 

TC 01:05:40

Conta sobre o surgimento do PT.

 

TC 01:08:35

Fala sobre suas percepções sobre o Brasil de agora, com as mudanças da globalização e sobre o sistema partidário brasileiro.

 

TC 01:17:00

Almino expõe sua opinião sobre a Câmara dos Deputados e o Senado.