07/11/2016

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Violência contra a mulher

A Lei Maria da Penha trouxe grandes avanços no combate a violência doméstica. Porém, os números que relatam as agressões sofridas pelas mulheres não param de crescer, dados recentes da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) mostram que a cada sete minutos há uma denúncia de violência contra a mulher no Brasil. Na televisão, essa violência é discutida de forma rasa, em alguns casos jogando a culpa para própria vítima. Para discutirmos se a televisão ajuda a propagar esta violência ou ajuda a combatê-la, o Ver TV convidou:

Ana Paula Correia, socióloga e coordenadora do Centro Defesa e Convivência da Mulher – Anastácia. “Eu acho interessante que, sempre foi feito algumas campanhas, é importante porque a mulher precisa saber que ela não esta sozinha, que não acontece só com ela. Então existe uma estrutura patriarcal, da qual essas mulheres vão tá no lugar de submissão, então muitas delas tem essa ideia de que 'ah, não deu certo meu relacionamento, o que eu fiz de errado?'. Então, essa vergonha de falar nos espaços, é importante divulgar, falar sobre a Lei Maria da Penha, falar pra que ela entenda que existe, que é um problema social, da sociedade, e aí sim ela pode pensar em procurar apoio.”

Luíse Bello, redatora publicitária, manager de conteúdo e comunidade da Think Olga e fundadora da Liga das Heroínas.“Inclusive, uma coisa que eu acho que é muito rica pra esse debate é a forma como a gente fala sobre a violência contra a mulher. Porque a passada de mão que a mulher sofre no transporte público, por exemplo, falam que é mão boba, não é mão boba, é uma pessoa, um desconhecido colocando a mão no seu corpo sem o seu consentimento. Isso é uma violência, então assim, a nossa luta é muito essa.”

Heloísa Buarque de Almeida, antropóloga, pesquisadora e professora da Universidade de São Paulo. “Eu acho que essa ideia da naturalização da violência é uma ideia importante da gente discutir, porque eu acho que é um pouco isso que tá por trás de, por exemplo, você nomear como assédio e não nomear como cantada, é um jeito de explicitar que aquilo é uma violência, tá certo? E no Brasil, isso era muito naturalizado, 'não, é um elogio', mas quando o que parece um elogio deixa a pessoa que tá sendo, supostamente elogiada, com medo, isso é violência, isso não é elogio.”

Em reportagem concedida ao programa Caminhos da Reportagem, também da TV Brasil, a advogada Rosana Chiavassa mostra como a objetificação da mulher na mídia viola o artigo da Lei Maria da Penha, referente aos cuidados que a mídia deve ter em relação ao tratamento dado à mulher.

A jornalista, escritora e diretora de TV, Diléa Frate, fala ao Ver TV sobre a cobertura que a televisão dava, antigamente, para a violência contra a mulher.

Sobre a relação da televisão e a violência cometida contra as mulheres, a advogada e integrante do Comitê Latino Americano de Defesa dos Direitos das Mulheres, Myllena Calasans de Mattos, fala ao Ver TV os pontos positivos e negativos desta relação.

Com o aniversário de dez anos da Lei Maria da Penha, o Tribunal de Justiça de São Paulo lança a campanha “Rompa o Silêncio, Você Não Está Sozinha! #SomosTodosMariadaPenha”. Para o Ver TV, a juíza Elaine Cristina Monteiro Cavalcante comenta sobre a campanha e a importância da televisão no combate a violência doméstica.

Apresentador - Lalo Leal
Produtor - Vitor Chambon

Ver TV

Programa semanal que discute as funções, a programação, os avanços tecnológicos e as questões éticas de uma TV de qualidade, comprometida com a cidadania.

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