07/03/2016
Epidemias Midiáticas
Notícias sobre doenças sempre renderam grandes audiências na TV. Quando elas se transformam em epidemias os índices sobem ainda mais. É importante que as pessoas sejam bem informadas, mas quando as notícias transformam-se em espetáculo a informação fica comprometida. Os perigos atuais trazidos pelo mosquito Aedes Aegypti despertaram nova onda de informações e de palpites. No Ver TV desta semana vamos discutir a cobertura que a televisão vem realizando sobre o assunto com nossos convidados:
Roxana Tabakman, bióloga e jornalista. Autora de A saúde na mídia. Medicina para jornalistas, jornalismo para médicos. “Nós jornalistas tentamos ter evidências, mas nem todos os jornalistas sabem como procurá-las, como avaliá-las, então a notícia vem rápida, tem que ser rápida”.
Alexandre Padilha, secretário municipal da saúde de São Paulo. “Eu acho que a mídia, em alguns momentos, ela perde a oportunidade de se legitimar em relação à população e ser um espaço, um instrumento, inclusive pra tirar as dúvidas e confrontar as visões diferentes”.
Cláudia Malinverni, pesquisadora do departamento de saúde materno infantil da Faculdade de Saúde Pública da USP. “Quando a gente tá falando em epidemia midiática é importante dizer que ela é simbólica e discursiva, mas ela produz efeito, ela produz fatos”.
Alguns canais públicos têm feito um trabalho importante no sentido de esclarecer a população em torno não só do combate às doenças, mas principalmente no sentido de sua prevenção. Um exemplo é o Canal Saúde vinculado à FioCruz. A superintendente Márcia Corrêa e Castro falou ao Ver TV sobre as formas de cobertura, na área da saúde, realizados pela TV.
O médico infectologista e professor da Universidade Federal de São Paulo, Paulo Olzon vem acompanhando a cobertura realizada pela mídia sobre os casos de Zica detectados em alguns estados brasileiros.
Apresentação - Lalo Leal