20/04/2016
Pedido de impeachment de Dilma é autorizado pela Câmara
Não se falava em outra coisa nas duas últimas semanas na Câmara dos Deputados. Dias e dias de debates culminaram com o prosseguimento do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, autorizado no último domingo por 367 votos a favor e 137 contra.
Aqui na Câmara, argumentos favoráveis e contrários foram repetidos a exaustão e fizeram com que a sessão de domingo, 17 de abril, entrasse para a história.
A presidente Dilma Rousseff se manifestou um dia após a votação e disse que se sentiu indignada e injustiçada com a decisão dos deputados. Para tentar reverter a decisão da Câmara, o governo pode acionar o judiciário.
Na votação do impeachment houve votos favoráveis ao governo mesmo depois de definida a autorização de abertura do processo, com o voto de número 342. Mas também houve traições.
E as comissões nacionais do PDT e do PP estão punindo os deputados que votaram contra a orientação do partido a respeito do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O diretório nacional do PDT vai abrir processo de expulsão contra 6 deputados que votaram a favor do impeachment: ?Subtenente Gonzaga, de Minas Gerais; Mário Heringer, também mineiro; Sérgio Vidigal, do Espírito Santo; Flávia Morais, de Goiás; Hissa Abrahão, do Amazonas; e Giovani Cherini, do Rio Grande do Sul. A executiva nacional do partido deve decidir se aceita o parecer da comissão de ética pela expulsão dos deputados até o dia 30 de maio. Do lado que rompeu com o governo, o PP também começou a tomar providências de punição aos dissidentes que votaram contra o impeachment. Dos 45 deputados que integram a bancada, quatro votaram a favor do governo. Segundo informações da liderança do partido, o deputado Beto Salame, do Pará, já foi afastado do comando do diretório estadual e o vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão, destituído presidência do diretório estadual da legenda, no Maranhão.
Apresentação — Paula Medeiros