Eleições 2010

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30/09/2010

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Saiba mais como funciona o sistema eleitoral brasileiro

Você sabe o destino do seu voto? Muitas vezes o eleitor tenta eleger um candidato e termina ajudando a eleger outro. Isso acontece por causa do sistema eleitoral brasileiro. Os eleitores raramente votam nos partidos, votam nas pessoas. Mas o voto percorre um caminho longo e termina chegando aonde o eleitor nem imagina. Por isso, é importante examinar não apenas o candidato, mas as outras legendas que fazem parte da coligação partidária. E como tem muito suplente assumindo no lugar dos titulares, é bom conhecer os suplentes dos senadores.
Desde a Grécia Antiga, berço da democracia, eleição é um sistema de escolha em que os eleitores votam e quem tem mais votos ganha a eleição. Nada mais lógico. Tanto é assim que é só perguntar quem é que ganha uma eleição que a resposta está na ponta da língua.
É, devia ser, mas não é bem assim. No sistema eleitoral brasileiro, convivem duas formas de eleição: a majoritária e a proporcional. Na majoritária, são eleitos os prefeitos, os governadores, o presidente da República e os senadores. Na eleição majoritária, ganha mesmo quem tem mais voto. Mas na eleição proporcional é diferente.
Faz de conta que para eleger um deputado é preciso um número de votos capaz de encher este copo. Vamos dizer que uma coligação recebeu esses votos. Ou seja, só deu pra eleger um deputado. Mas, se a gente juntar o líquido de todos, dá pra eleger outro deputado. Este copo, que estava pela metade, não teve votos suficientes pra se eleger sozinho. Resultado: quem votou naqueles candidatos que tiveram votações pequenas terminou levando água, ou levando votos, pra eleger outro candidato.
Mas pouca gente sabe que na eleição proporcional de vereadores, deputados estaduais e deputados federais, não ganha necessariamente quem tem mais voto, mas sim a legenda, o partido que consegue mais votos. Acontecem situações curiosas. O Prona era o partido do deputado Enéas, campeão de votos em São Paulo. Ele teve uma votação tão grande que sobraram votos. Votos que ajudaram a eleger vários deputados, inclusive o deputado Wanderley Assis. Sabe quantos votos ele teve? Apenas 275, enquanto vários candidatos que tiveram muito mais votos do que ele ficaram de fora e não se elegeram.
Mas existem situações ainda mais curiosas. Muitas vezes o povo elege um senador mas quem cumpre o mandato é alguém que o eleitor nunca ouviu falar. Sabe quando isso acontece? Quando um senador que acabou de se eleger é convidado pra ser ministro, por exemplo. Aí um suplente assume a vaga no lugar dele. E raramente os eleitores conhecem os suplentes dos senadores.
Diante desse quadro, você diz: bom, já que é assim, a melhor forma de ajudar um partido é votando na legenda. Mas isto só é verdade se o partido estiver concorrendo sozinho na eleição. Porque se estiver coligado com outros, você vota numa legenda mas pode ajudar a eleger um candidato de outro partido. É o que pode acontecer com os eleitores do candidato Tiririca, que é do PR. Como o PR está coligado a outros partidos, quem votar no Tiririca pode ajudar a eleger um candidato de outro partido coligado ao PR, como o PT por exemplo. Ah, mas eu votei foi no Tiririca e não no PT. Nada a fazer. O sistema proporcional funciona dessa forma.

Créditos:
1) Paulo José Cunha - Repórter
2) Milano Fernandes - Estudante
3) Flávio Britto - Advogado Eleitoral

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