05/09/2013
Comitê de Imprensa discute o papel do jornalismo da TV pública
Durante as manifestações de junho, algumas emissoras de televisão tiveram câmeras destruídas e carros incendiados. Jornalistas foram hostilizados e repórteres de televisão tiveram de trabalhar com microfones sem identificação.
Depois que a poeira baixou, uma pergunta começou a intrigar os analistas: os atos de hostilidade dos manifestantes se dirigiam à mídia, sim. Mas a que mídia? Somente à mídia de mercado, ou atingiu também os profissionais e as emissoras de rádio e de televisão do chamado campo público, as TVs e rádios públicas?
As perguntas não terminam por aí: que papel cabe às emissoras do campo público, como os órgãos de comunicação institucionais ou oficiais? Será que as ruas mandaram algum recado no sentido de que seja redefinida a forma de atuação dessas emissoras, ou a população entende bem o papel dessa mídia e consegue separar a função que ela exerce da função da mídia de mercado? Para analisar esse tema, os convidados do Comitê de Imprensa são dois profissionais ligados diretamente ao assunto: a jornalista Juliana Cezar Nunes, coordenadora da Rádio Agência Nacional da EBC, e o professor Murilo Cesar Ramos, da Universidade de Brasília, um dos participantes da elaboração da lei da TV a cabo.