Câmara Ligada

Programas da TV Câmara

07/03/2014

! Não consegue assistir ao vídeo? Peça para bancodeconteudo@camara.leg.br

07/03/2014

! Não consegue assistir ao vídeo? Peça para bancodeconteudo@camara.leg.br

Câmara Ligada discute identidade de gênero e sexualidade

Todo adolescente quer marcar seu espaço e mostrar sua personalidade. Mas conseguir se enquadrar aos padrões impostos pela sociedade pode ser mais complicado do que parece. Muitos jovens convivem quase secretamente com dúvidas sobre o seu gênero, ou seja, não sabem se são meninas ou meninos. Em meio a tantas possibilidades e muitos rótulos confusos, fica pouco espaço para se pensar e viver sem a pressão dos preconceitos.

E sabe quais são os jovens que mais sofrem discriminação por conta da sua identidade de gênero? Os meninos e as meninas transexuais --- aqueles que se reconhecem no sexo oposto, diferente do que consta na certidão de nascimento. A vontade de ser outra pessoa pode gerar um desconforto tão grande que muitos jovens se mutilam, fazem perigosos implantes de silicone sem assistência médica, usam medicamentos proibidos. Arriscam suas vidas.

Para discutir esse tema tão importante, os convidados são: o estudante de Ciência Política MARCELO CAETANO; e a coordenadora de Promoção dos Direitos LGBT da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, SYMMY LARRAT. A trilha sonora do programa fica por conta da cantora LIA SOPHIA, que vem do Pará.

No programa foram debatidos muitos pontos delicados, como a violência e o preconceito, a dificuldade de acesso de transexuais à escola, ao mercado de trabalho e mesmo aos serviços públicos de saúde, e o reconhecimento do “nome social” (nome pelo qual a pessoa se identifica).

MARCELO CAETANO ingressou na Universidade de Brasília em 2011 e conta a dificuldade que enfrentou no ambiente acadêmico "A universidade não permitia o uso do nome social; então em todas as chamadas, provas e registros constava o meu nome civil, que é um nome feminino, com o qual eu não me identifico". Posteriormente Marcelo conseguiu o direito de usar o nome social na UnB, mas revela que até hoje tem que lidar com o preconceito.

SYMMY LARRAT concorda que o preconceito ainda é muito grande e lamenta a falta de leis para punir os crimes cometidos contra transexuais e travestis. “Falta uma lei que criminalize a transfobia. A principal dificuldade é essa, a falta de um marco legal para que as coisas aconteçam de uma maneira mais concreta” explica.

Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos, as principais vítimas de assassinatos, dentro da população LGBT, são travestis e transexuais. E ainda, 47% do total de denúncias de violação de direitos humanos contra a população LGBT registradas durante o ano de 2011 foram de jovens com idade entre 15 e 29 anos.

O Câmara Ligada quer discutir esse tema e ajudar a descontruir todas as formas de discriminação e preconceito.

Ouça a versão da Rádio Câmara

Câmara Ligada

Espaço para a juventude brasileira falar sobre política, cultura e cidadania.

Quinzenal, estreia sábado às 19h30, com reprises aos domingos, 21h30, terça, 01h e sexta, 0h.

NOSSAS REDES

MAIS CONTEÚDO SOBRE