09/11/2012
Câmara Ligada discute cotas nas universidades (bl.2)
Neste ano de 2012, foi aprovada a polêmica Lei das Cotas Sociais e Raciais para Universidades e Institutos Federais de Educação, que terão quatro anos para se adaptar e reservar metade de suas vagas para alunos oriundos de escola pública e com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio, além de negros, pardos e indígenas. A nova lei põe mais lenha em uma discussão que se iniciou há dez anos, em 2002, quando a UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) instituiu pela primeira vez no país as cotas raciais como critério de seleção em seu vestibular; ganhou força em 2004, quando a UnB (Universidade de Brasília) instituiu essa política pela primeira vez em universidades federais; e voltou à tona em 2012, antes da aprovação da lei, quando o Supremo Tribunal Federal considerou a política de cotas, por unanimidade, constitucional. Alguns aspectos da polêmica já podem ser analisados à luz dos resultados, uma vez que várias turmas de cotistas já se formaram. Outros, como a perda da autonomia das universidades, ou mesmo se a política reduz ou aumenta o racismo, ainda são alvo de especulação. Afinal, quais são os resultados de dez anos de cotas raciais no Brasil? E o que podemos esperar daqui para frente com a aprovação da nova lei? O Câmara Ligada debate esse assunto com quem mais está interessado nele: alunos de escolas médias públicas e particulares.
Banda: Serjão Loroza & Us Madureira
Convidados: Dep. Edson Santos (PT-RJ); Denise Botelho, professora do NEAB (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros) do Departamento de Educação da UFRPE; Jaqueline Fernandes, produtora da Griô Produções, que trabalha especialmente com projetos que valorizem história e cultura negras; Mônica Oliveira, diretora de programa da Secretaria de Políticas de Ações Afirmativas da Seppir.
Escolas: Centro de Ensino Médio Paulo Freire, Centro de Ensino Lago Norte e Colégio Estadual Complexo 01 Planaltina de Goiás.