28/08/2014

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Câmara promove discussão sobre produção de jogos eletrônicos

O Brasil é o quarto maior consumidor de jogos do mundo. Mas está longe disso quando o assunto é criação desse tipo de produto. A Câmara fez uma audiência pra discutir essa diferença. Pode nascer aí o empurrão que faltava pra esse setor deslanchar por aqui.

A lista dos jogos mais vendidos em 2013 fala inglês e mais importante: pensa em inglês. O setor é dominado por produtos internacionais que abocanham um mercado grande e crescente no Brasil. Em 2013, as vendas chegaram a casa dos 7 bilhões de reais. Um aumento de 28% em relação a 2012. Bem longe do orçamento das megaproduções estrangeiras, o produto nacional também faz muito sucesso.

O fenômeno “Galinha Pintadinha” saltou do desenho para os jogos eletrônicos. A transição é normal no setor, mas difícil na realidade. Essa experiência foi trazida para uma reunião conjunta das comissões de Cultura e de Ciência e Tecnologia. Juliano Prado, um dos criadores da Galinha Pintadinha, explica os desafios da experiência no mundo dos games.

“É um mercado muito dinâmico. A gente mesmo na Galinha Pintadinha, alguns anos atrás, começou a fazer um produto de game visando a internet, um certo modelo de negócios, e no meio do caminho surgiram os smartphones, as lojas de aplicativos, e já teve uma mudança. A gente acabou desistindo disso e fazendo de outro modelo e eu imagino que essas mudanças vão continuar acontecendo. Então o desafio do setor é que ele é muito dinâmico e muito novo”

A questão em debate é como transformar a exceção em regra. Criadores de jogos pediram mais acesso a financiamento. O Ministério das Comunicações avisou que só isso não basta: a maior parte das empresas do setor fecha antes dos cinco anos de funcionamento. É preciso profissionalizar a gestão. Georgia Nicolau, do Ministério da Cultura, sugeriu tornar permanente o diálogo iniciado aqui na Câmara.

“Um grupo de trabalho mesmo, interministerial, sentado com várias partes da cadeia (distribuidores, produtores, roteiristas, etc... desenvolvedores) pra que a gente possa chegar. Porque enquanto cada um estiver fazendo seu trabalhinho pequenininho, a gente realmente não vai conseguir fazer como é o caso da Coreia do Sul, do Canadá, que virou uma política de estado que gera riquezas gigantescas.”

A Deputada Luciana Santos, do PCdoB de Pernambuco, acha que essa conversa caminha para a regulamentação do setor. Ela já até imagina um modelo pra isso.

“Um pouco parecido com a política que a gente desenvolveu para audiovisual, um caminho que deu certo, porque hoje nós temos bastante dinheiro para financiar a produção independente, então nós temos que buscar isso no setor de games. Esse é o desafio, estou animada.”

Reportagem: Tiago Ramos

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