28/08/2014
Crimes cometidos pela ditadura podem virar conteúdo curricular
Um projeto de lei apresentado este ano na Câmara dos Deputados quer incluir no currículo das escolas a história dos mortos e desaparecidos durante a ditadura militar. A proposta homenageia Iara Iavelberg, assassinada no período mais sangrento do regime militar.
O médico e ex-deputado Gilney Viana passou quase dez anos preso durante a ditadura militar. Foi brutalmente torturado e viu vários amigos serem torturados e mortos pelo regime. Hoje, ele luta para que esse passado não seja esquecido. Gilney Viana apoia a aprovação de uma lei que inclua no currículo escolar a história dos crimes cometidos durante os 21 anos em que o Brasil viveu sob regime de exceção. Para ele, o Brasil precisa discutir esse passado.
O deputado Renato Simões é autor de um projeto que cria a lei Iara Iavelberg. A proposta inclui no currículo a obrigatoriedade do ensino sobre a Ditadura Militar no Brasil e a Violação dos Direitos Humanos. Companheira do capitão Carlos Lamarca, Iara foi assassinada pelos militares em 1971 e enterrada como suicida. Décadas depois a verdade sobre sua morte foi revelada. Para o deputado, a proposta vai permitir que os estudantes do ensino regular e das escolas militares conheçam a verdade sobre a história do País.
Reportagem: Beto Seabra