01/03/2010

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Exposição de Anita Malfatti resgata irreverência da Semana de 1922

O ano era 1922. A cidade, São Paulo. O objetivo, mostrar as novas tendências que já vigoravam na Europa e abolir a perfeição estética tão apreciada no século XIX. A Semana de Arte Moderna Brasileira reuniu intelectuais e modernistas em uma explosão de idéias inovadoras.
Na pintura, destaque para Anita Malfatti. Suas obras, influenciadas pelo cubismo, expressionismo e futurismo, escandalizaram a sociedade da época. Quase 90 anos depois, os quadros de Anita ainda esbanjam modernidade. Uma exposição de 120 telas em cartaz em Brasília conta um pouco da história desta artista conhecida pela irreverência.
Ver as obras de Anita Malfatti expostas em Brasília dá uma ideia de por que essa mulher chocou os críticos de arte de São Paulo no início do século passado. Apesar da atrofia na mão e no braço direitos, foi uma das artistas mais expressivas da época.
Deixou de lado o estilo clássico e, em uma exposição em 1917, apresentou obras como a Boba, que recebeu críticas de Monteiro Lobato. Os incentivos vieram de artistas considerados de vanguarda, como Di Cavalcanti e Mario de Andrade. Na mostra em Brasília, é possível ver as influências que a pintora sofreu em viagens à Alemanha, França e Estados Unidos e também da fase inspirada na cultura brasileira.
A exposição começa com a primeira tela de Anita: o Burrinho correndo, de 1909. Também chamam atenção obras como a ventania, com clara inspiração do holandês Van Gogh, além de duas versões do Homem Amarelo e do Farol.
A exposição pode ser visitada até 25 de abril no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. De terça a domingo, das 9h às 21h. A entrada é franca.

Créditos:
- Reportagem - Mariana Przytyk
- Luzia Portinari - curadora da exposição

Texto atualizado em 02/03/10, às 10h51

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