20/01/2005
Antônio José Barbosa (Prof. de História da UnB)
De abril de 1925 a junho de 1927 o Brasil acompanhou com um misto de apreensão e entusiasmo, a saga de um grupo de jovens militares revoltosos com o esquema de poder corrupto e autoritário que comandava o país. Aqueles jovens percorreram o Brasil, levando a mensagem liberária e tentando concientizar as populações rurais contra a exploração das elites, que eles próprios chamavam de "elites parasitárias". À frente da marcha, entre outros, um jovem tenente, Luiz Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança, que ao final da saga terminaria adotando a ideologia marxista, e se transformando numa legenda das lutas revolucionárias brasileiras. 80 anos depois da marcha que ganhou o nome de seu líder mais famoso, uma questão: afinal, a coluna Prestes foi obra de um herói ou de um quixote? Para tentar situar a epopéia da Coluna Prestes, o historiador Antonio Barbosa, da Univeridade de Brasília.