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O desemprego subiu, mas os trabalhos com carteira assinada e os salários, aumentaram. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a Pnad 2013, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e divulgada nesta quinta-feira pelos ministros de Desenvolvimento Social, Tereza Campello, de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, e da Educação, Henrique Paim.

De acordo com a Pnad, entre 2012 e 2013, a taxa de desemprego passou de 6,1% para 6,5%. Apesar disso, o trabalho com carteira assinada subiu 3,6% na comparação com 2012, chegando a 36,8 milhões de pessoas. O rendimento médio mensal das pessoas com mais de 15 anos de idade, em 2013, foi estimado em R$ 1.681, valor 5,7% maior que o de 2012, de R$ 1.590.

A Pnad também verificou que a taxa de analfabetismo diminuiu de 8,7% em 2012 e para 8,3% em 2013. O número corresponde a 13 milhões de pessoas. Já o índice de Gini, que mede a desigualdade social, passou de 0,496, em 2012, para 0,498 no ano passado. Quanto maior o índice, maior a desigualdade.

Apesar desse aumento, segundo o ministro de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, o índice da desigualdade já voltou a cair em 2014.

"É natural que a série tenha uma certa flutuação, mas a boa notícia é que ela já voltou a cair em 2014. O índice de Gini vem caindo a uma taxa 1,2% ao ano, durante todo 2014. É a maior queda dos últimos dez anos, só comparável à de 2004."

O deputado Ronaldo Caiado, do DEM de Goiás, disse acreditar que, apesar de alguns resultados positivos, o aumento na taxa de desemprego e no índice da desigualdade refletem um temor do empresariado.

"Você teve um aumento do desemprego, e há outro lado, com relação à concentração de renda. Isso mostra que existe uma retração por parte do empresariado, daqueles que são responsáveis por abrir espaço de empregos no Brasil.”

A pesquisa tratou ainda de dados relacionados à moradia e acesso à internet. Segundo os dados divulgados, existem 65,1 milhões de domicílios no país. Desses, 64,3% têm acesso à rede coletora de esgoto. Em 2012, eram 63,3%. O número de casas com abastecimento de água, coleta de lixo e iluminação elétrica também aumentou.

Em 2013, o percentual de pessoas com 10 anos ou mais de idade que acessaram a internet também subiu, de 49,2% para 50,1%. A maior parte dos internautas se concentra na população de 10 a 29 anos de idade.