Radioagência

A CPI mista que investiga irregularidades na Petrobras deve ser prorrogada por 30 dias. O prazo atual para encerramento é 7 de dezembro. A reunião administrativa desta terça-feira (2), para votar 392 requerimentos, foi cancelada por falta de quórum. Para começar os trabalhos, era necessária a presença de pelo menos 11 dos 32 titulares da comissão, mas somente 8 compareceram.

O relator da comissão, deputado Marco Maia, do PT gaúcho, falou que a ausência de reuniões por duas semanas seguidas teria sido motivada pelo período eleitoral e pelo recesso parlamentar.

"Nada mais justo do que a gente já trabalhe com a perspectiva de prorrogar a CPI por mais 30 dias ou pelo período que for necessário para que a gente possa concluir os trabalhos."

Maia, porém, ressaltou que os técnicos da comissão continuam a trabalhar, cruzando dados de documentos recebidos de órgãos públicos, mesmo quando não acontecem as reuniões.

O líder do PPS, deputado Rubens Bueno, do Paraná, disse que nada justifica a falta de quórum na comissão. Segundo ele, a ampliação do prazo dos trabalhos é o mínimo que os parlamentares podem fazer.

"Se nós estamos faltando. Não teve sessão semana passada e hoje não deu quórum, no mínimo nós temos de prorrogar a CPMI pelo tempo necessário de aprofundar as investigações."

A ampliação do prazo da CPI Mista deve ser feita por requerimento, que precisa ser aprovado pelos membros da comissão. O quórum mínimo para votação é de 17 parlamentares e dificilmente deve ser alcançado antes do primeiro turno das eleições, em 5 de outubro.

O presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo, do PMDB paraibano, anunciou que, no próximo dia 10, os parlamentares ouvirão o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Ele já prestou depoimento à CPI da Petrobras no Senado e falaria na comissão mista em 13 de agosto. O depoimento foi cancelado por causa da morte, na mesma data, do candidato à Presidência da República, Eduardo Campos.