27/08/2014 14:08 - Política
27/08/2014 14:08 - Política
Projeto de Lei (6768/13) propõe que as vagas nas eleições sejam divididas em 50% para cada sexo pelos partidos e coligações.
Atualmente, para os partidos e coligações participarem das eleições, é obrigatório que reservem, no mínimo, 30% das vagas e, no máximo, 70%, para cada sexo.
Para a autora do projeto, a deputada Jaqueline Roriz, do PMN do Distrito Federal, a proposta irá ajudar principalmente as mulheres, que hoje são menos de 15% no Congresso, e que muitas vezes são usadas como laranjas pelos partidos:
"Esse percentual que defendemos de 50% de mulheres candidatas, é em função de que, hoje, no país, nós somos mais de 50% do eleitorado feminino. E é impressionante você notar que, no Congresso, nós somos menos de 15%. Então, quando eu saio em defesa da mulher candidata, mas não é ser a candidata mulher laranja, fictícia, que hoje se apresentam nos diferentes partidos. Seria uma participação efetiva. E dando 50%, os partidos não têm como camuflar essa participação da mulher, seria uma participação real."
Segundo dados da União Interparlamentar, organização internacional vinculada à ONU, que estuda o funcionamento parlamentar das democracias representativas, o Brasil ocupa a 129ª posição no ranking de 189 nações democráticas, considerando-se o número de mulheres eleitas para a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
Para a cientista politica da Universidade Federal de São Carlos Maria do Socorro Braga, as razões para uma baixa participação da mulher na politica são a falta de profissionalização do sistema politico brasileiro, o baixo incentivo dos partidos e o pouco interesse das mulheres no ambiente politico:
"Tem a questão da baixa profissionalização. A gente hoje tem mulheres que estão ocupando vários cargos, inclusive, direção em outros campos, como o empresariado, mas não há tanto interesse assim das mulheres pra vida política. Então, tem esse pouco interesse por parte das mulheres, mas esse pouco interesse está relacionado com os baixos incentivos dos nossos mecanismos institucionais".
A proposta da deputada Jaqueline Roriz foi anexada ao projeto do deputado Arolde de Oliveira, do PSD do Rio de Janeiro, que tem o mesmo objetivo, e aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
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