Radioagência

A Câmara dos Deputados analisa uma sugestão de iniciativa da Associação Socioambiental que institui o sistema de carona legal em âmbito nacional. Segundo o texto, o sistema deve ser apoiado por órgãos públicos de trânsito, mobilidade urbana, saúde, educação e meio ambiente em parceria com as entidades da sociedade civil sem fins lucrativos.

Ainda de acordo com a proposta, o controle do sistema de carona solidária será feito por site na internet, onde vão estar cadastrados todos os veículos, motoristas e passageiros que queiram participar do sistema. O site também vai divulgar os destinos desejados. O projeto define também que carona solidária é aquela sem fins lucrativos, praticada por veículos de pequeno porte ou veículos de passeio, como explica Valdir Braz Azevedo, presidente da Associação Carona Legal.

"O sistema é bem simples. Tem alguns métodos mais simples, a pessoa cadastrar o seu local de trabalho e seu endereço, seu nome, RG, CPF, isso pra sistema corporativo. Por exemplo, um só para a Câmara dos Deputados, um só para o Ministério da Justiça, Ministério da Defesa e os comandos militares e assim sucessivamente. Cada órgão público sendo parceiro da nossa associação estaria ajudando a crescer essa ideia do esporte solidário no Brasil.”

Segundo o Denatran, atualmente são 4,4 habitantes para cada carro. Há locais em que essa relação é ainda menor, como no Distrito Federal, onde há um carro para cada dois habitantes. Muitos especialistas defendem que não são as cidades que devem se adaptar e sim o uso do carro que deve ser planejado. E defendem alternativas para melhorar a mobilidade, entre elas, a prática da carona solidária.

A contadora Luciana Loupi organizou no Facebook e Whats App um sistema de carona no Distrito Federal. Desde 2004, Luciana se reveza com os integrantes do grupo ora pegando, ora oferecendo carona.
"A gente vê essa questão do trânsito em Brasília, do aumento do CO2. Eu como cidadã, praticando a cidadania, pensei em todos os aspectos. Com os amigos, discutindo, a gente decidiu fazer um grupo para contribuir com o meio ambiente."

O relator da sugestão na Comissão de Legislação Participativa, deputado Lincoln Portela, do PR de Minas Gerais, apresentou parecer favorável, mas diz que o texto pode ser aperfeiçoado.

"Eu apresentei o relatório, e esse projeto bem elaborado, bem trabalhado pelo governo, aqui na Câmara e no Senado, pode ser uma excelente ideia para o Brasil."

A sugestão foi apresentada na Comissão de Legislação Participativa da Câmara, que pode transformá-la em projeto de lei. Neste caso, passa a tramitar na Câmara como se fosse uma iniciativa parlamentar.