18/07/2014 11:59 - Esportes
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Passada a Copa do Mundo, alguns deputados buscam agora um balanço final sobre os custos das 12 arenas reformadas ou construídas para o evento e sobre a destinação que será dada aos estádios de Brasília, Cuiabá e Manaus.
O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) disse que vai questionar os Tribunais de Contas e outras autoridades responsáveis sobre os indícios de superfaturamento apurados antes da Copa e sobre o uso das arenas:
"Como é que vai ser agora este gasto em estádios como, por exemplo, a Arena de Manaus, que não tem um futebol vibrante, competitivo? Com todo respeito, eu conheço o futebol do Fast, o Nacional, o Rio Negro de Manaus, eu conheço estes times, sei que tem futebol no Amazonas, mas não que justifique ocupação de um investimento"
O Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, foi orçado inicialmente em cerca de R$ 700 milhões; mas teria custado o dobro. Os responsáveis pela construção afirmam, porém, que o custo inicial não envolvia a obra completa e o contrato original recebeu vários aditivos.
O deputado Damião Feliciano (PDT-PB), presidente da Comissão do Esporte, afirma que é preciso separar o que é de responsabilidade privada e o que é de responsabilidade pública e cita o exemplo do Itaquerão, em São Paulo:
"O que houve, na realidade, na Arena Corinthians, foi um investimento inicial pelo governo Federal, mas os recursos que estão na arena foram um empréstimo feito pelo BNDES - que qualquer empresa pode tomar emprestado - que eles vão ter que pagar como uma empresa normal, uma empresa qualquer."
O líder do governo, deputado Henrique Fontana, afirma que os estádios foram concebidos como arenas multiuso:
"Aliás, se elas não fossem um bom negócio, as empresas que as construíram seguramente não as teriam feito. Fizeram com o objetivo de obter lucro, as empresas não fizeram as arenas só para a Copa. Fizeram para utilizar toda a sua área comercial, toda a potencialidade para diferentes usos."
Dos 12 estádios da Copa, três pertencem à iniciativa privada: São Paulo, Porto Alegre e Curitiba. Os demais, ou foram construídos em parcerias com a iniciativa privada ou estão sendo concedidos agora.
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