09/07/2014 19:41 - Economia
09/07/2014 19:41 - Economia
O Brasil é o quarto país em consumo de jogos eletrônicos e digitais. É o que mostra a pesquisa feita pela consultoria GFK, divulgada no ano passado.
A questão foi debatida em audiência da comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, em conjunto com a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. O debate foi pleiteado pela deputada Luciana Santos, do PCdoB de Pernambuco.
"Eu penso que essa é uma atividade econômica em forte expansão. Basta dizer que ela hoje, mundialmente, consegue ter mais força, em termos de acumulação e de geração de renda e de recursos. Até mais do que a indústria cinematográfica."
A parlamentar adverte que, apesar dos altos números de consumo, a maioria dos jogos comprados pelo brasileiro é estrangeira. Para a deputada Luciana Santos, o Brasil tem potencial para consumir produtos nacionais em que a população se identifique no conteúdo. Ela destaca como exemplo o sucesso do jogo Galinha Pintadinha, desenvolvido pelo publicitário Juliano Prado.
Quadro traçado pelo Levantamento de Informações sobre a Indústria de Games e Políticas Públicas para o Setor, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, aponta que o Brasil tem competência, profissionais qualificados e escolas que formam pessoas para trabalhar no setor, mas carece de maior experiência nas áreas de negócios, comercial e administrativa.
Para o presidente da Abragames, a Associação Brasileira de Desenvolvedores de Jogos Digitais, Alê Machado, o setor precisa ser regulamentado para abrir chances para a produção.
"O principal é o acesso aos fundos. Existem fundos privados que vêm ao Brasil para investir em jogos, já que é uma área extremamente lucrativa. Mas não existe, ainda, a facilidade que existe no audiovisual de fundos setoriais que começariam a girar essa roda. Se a gente aumentar a produção, naturalmente o gargalo da distribuição vai começar a abrir. Falta uma regulamentação para que essas distribuidoras nacionais entendam que é importante distribuir o jogo nacional."
A diretora de Empreendedorismo, Gestão e Inovação da Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura, Georgia Nicolau, lembrou da declaração da ministra Marta Suplicy, na Campus Party este ano, em que dizia que “game” é cultura. E acrescentou que os jogos envolviam várias pastas, como pesquisa, indústria, tecnologia, comunicação e cultura.
A deputada Luciana dos Santos anunciou que os parlamentares pretendem criar uma subcomissão sobre jogos eletrônicos e digitais para organizar os projetos de lei que envolvem o tema e amadurecer a discussão.
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