24/04/2014 16:32 - Política
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Deputados vão tentar mediar as negociações entre governo e técnicos administrativos das universidades públicas. Em greve há mais de um mês, os servidores não veem avançar a conversa com o Ministério do Planejamento, que centraliza a mesa permanente de negociação com todos os servidores.
Na próxima terça-feira, uma reunião será marcada pelos deputados para que o ministro da Casa Civil, Aluízio Mercadante, ex-ministro da Educação, também entre no debate.
A deputada Alice Portugal, do PCdoB baiano, que coordenou a reunião da Comissão de Trabalho, disse que é preciso fazer uma mesa emergencial para atender os servidores.
"Soluções para os problemas imediatos que eles estão vivendo, relacionados com as terceirizações em demasia, a ausência de insalubridade que eles tem direito, auxilio odontologia, alimentação, creches, questões básicas que não estão solucionadas em nível dos servidores das universidades".
A deputada Alice Portugal, ela mesma servidora da Universidade Federal da Bahia, disse que conhece a situação, principalmente da terceirização do trabalho nas universidades.
O coordenador da Fasubra, Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras, Paulo Henrique Rodrigues dos Santos, reconheceu ganhos salariais desde a aprovação do plano de cargos da categoria em 2005, mas explicou aos deputados que os servidores estão preocupados porque não há pessoal suficiente nas universidades.
"Hoje nas universidades nós temos não só a forma prejudicial ao sistema de ensino, como a forma ilegal, uma vez que temos assistido contratos para uma função em que trabalhadores terceirizados estão fazendo outras funções, efetivas de servidores. Há um processo de mascaramento da mão de obra dentro das universidades"
Do lado do governo, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, disse que há um acordo em vigor com a categoria, quando foi feito o plano de carreira, e que deveria valer até março de 2015. Segundo ele, essa tem sido uma dificuldade das negociações, porque os servidores não reclamam de salários, e embora o governo negocie alguns pontos, não toca o ponto central para os grevistas, que é uma alternativa para a falta de pessoal.
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