Radioagência

O líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado, de Goiás, voltou a criticar a intenção do governo de realizar um plebiscito sobre a reforma política. A forma de consulta à população - realizada antes da existência de uma lei - recebeu apoio de líderes da base aliada no Congresso que participaram de reunião com a presidente Dilma Rousseff nessa quinta-feira (27). Outras formas de consulta - como o referendo, convocado depois que uma norma é aprovada - foram descartadas.

Na avaliação de Caiado, um plebiscito sobre o assunto, neste momento, apenas desviaria a atenção da população de outros temas.

"O que nós não podemos admitir e não deixar de esclarecer a população é essa farsa que está sendo montada com o objetivo de enganar a sociedade brasileira e não priorizar as verdadeiras demandas da sociedade, que deseja um atendimento na área da saúde, da educação, da segurança, do combate à corrupção e à inflação."

Já o líder do PT, deputado José Guimarães, do Ceará, confirmou que a base aliada está empenhada em viabilizar a consulta popular, mas ressaltou que o apoio dos parlamentares diz respeito a vários outros assuntos.

"Estamos unidos em defesa dos pactos que a presidenta apresentou ao País, aos governadores, e já estamos trabalhando para viabilizá-los, tanto na área da saúde, na área da educação, na área dos transportes públicos, mobilidade urbana, como na reforma política."

A data do plebiscito, as questões e a entrada em vigor das mudanças ainda não foram debatidas e serão definidas pelos parlamentares. A presidente Dilma Rousseff ainda deve reunir os ministros do governo e receber a oposição, antes de enviar uma mensagem ao Congresso com a sugestão do plebiscito.

Ronaldo Caiado disse que aceitará conversar com Dilma Rousseff sobre as propostas para contornar a crise, caso ela o convide, o que ainda não ocorreu, segundo o deputado.