12/08/2009 00:00 -
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O presidente deposto de Honduras, Manoel Zelaya, foi recebido nesta quarta-feira pelo presidente da Câmara, Michel Temer.
A visita foi acompanhada por parlamentares do PT, PMDB, Democratas, PSB, PPS, PV, PSOL, e PCdo B.
Deposto há cerca de 40 dias por um golpe militar que interrompeu a normalidade democrática em Honduras, Zelaya esteve em Brasília para diversos encontros com autoridades. Na Câmara, disse que segue em sua campanha internacional pela volta da legalidade em Honduras.
"El pueblo hondureño esta firme hasta revertir ese proceso. Mañana estare en Chile, después a Estados Unidos"
Um dos articuladores da visita protocolar à Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia, do PT paulista, relatou a conversa que Zelaya teve com os parlamentares brasileiros.
"Ele relatou a situação no país: prisões em estádios de futebol, mortes, torturas. Registrou o papel do Brasil, a firmeza do Brasil na defesa da restauração democrática do país. Valorizou as atitudes do presidente norte-americano (Barak) Obama ainda que avalie que, pela força dos Estados Unidos, o país pudesse e devesse fazer mais."
Arlindo Chinaglia afirmou que os líderes partidários presentes à visita de Zelaya à Câmara se posicionaram em defesa da democracia e contra o golpe. Para o parlamentar é importante o posicionamento dos congressistas brasileiro neste momento.
"O golpe que aconteceu em Honduras veio mascarado pelo papel do Parlamento, pelo papel do Poder Judiciário. Mas o fato é que é golpe. Tanto é, que houve uma condenação unânime em todo o mundo. É evidente que a manifestação dos Chefes de Estado de cada país é muito mais importante que a manfiestação de Parlamentos. Mas os Parlamentos podem e devem se posicionar. Até para demonstrar para o próprio Parlamento de Honduras que eles não nos convencem respaldando um golpe militar. Há um repúdio veemente a golpe na América do Sul, na América Latina. Até porque já temos uma cicatriz histórica. Ninguém quer saber mais de golpe. A democracia é um valor universal e temos que preservá-la."
O plenário da Câmara já aprovou uma moção de solidariedade ao presidente Zelaya, que luta para retornar ao governo e dar sequência ao mandato constitucional para o qual foi eleito pelo povo hondurenho.
De Brasília, Eduardo Tramarim.
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