04/10/2018 18:51 - Saúde
Radioagência
Dia Nacional de Prevenção da Obesidade reforça importância de cuidar da saúde
Alimentação balanceada e atividade física devem ser práticas diárias para todos que buscam uma vida mais saudável. Mas tem uma data especial para reforçar esse lembrete: 11 de outubro, Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. Controlar o peso não é fácil. A situação se agrava diante do cotidiano atarefado e das tentações gastronômicas. No entanto, a gerente técnica do Conselho Regional de Nutrição, Janaína Marques, cita outras doenças associadas à obesidade para argumentar que a prevenção é fundamental e inadiável.
"Diabetes, hipertensão arterial, aumento de colesterol e triglicérides, apneia do sono, acúmulo de gordura no fígado. A obesidade também está altamente relacionada aos índices de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Está, inclusive, associada a alguns tipos de câncer. Em crianças, atrapalha o desenvolvimento dos hormônios e, então, atrapalha o crescimento e o desenvolvimento sexual. Pode causar depressão, ansiedade e várias associações colaterais por questões de relacionamento social e no trabalho".
Para a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, as pessoas com índice de massa corporal superior a 30 são consideradas obesas. A última pesquisa de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas, feita pelo Ministério da Saúde, mostra que 54% da população das capitais brasileiras estão com excesso de peso. A boa notícia é que também tem havido aumento no consumo regular de frutas e hortaliças (4,8% entre 2008 e 2017) e na prática de atividade física no tempo livre (24,1% entre 2009 e 2017). Outro dado positivo é a redução de 52% no consumo de refrigerantes e de bebidas açucaradas entre 2007 e 2017.
Como informação é fundamental, a Câmara dos Deputados analisa propostas (PL 5522/16 e apensados) para obrigar a indústria alimentícia a informar claramente, nas embalagens, se os produtos contêm muito carboidrato, sal, açúcar, adoçante, gordura saturada e trans. Só houve uma divergência quanto à clareza dessa informação. O deputado Ricardo Izar, do PP paulista, por exemplo, defendia o uso de cores.
"A gente é favorável ao sistema que se usa em alguns outros países do mundo, onde identifica-se por meio de sinais coloridos - verde, vermelho e amarelo - e não só o aviso em preto e branco. Já que vamos adequar as embalagens, deve-se fazer de uma forma que fica mais clara para o consumidor final".
Mas prevaleceu a rotulagem defendida pela relatora da proposta na Comissão de Defesa do Consumidor, deputada Maria Helena, do MDB de Roraima.
"A diferenciação por cores é muito complexa e confunde o consumidor, porque demanda interpretação. A informação se contém elevado teor de gorduras saturadas, de gorduras trans, de açúcar é de mais fácil interpretação para o consumidor".
Em outra frente de prevenção da obesidade, o Ministério da Saúde elabora um acordo com a indústria alimentícia para reduzir o nível de açúcar em vários produtos, como iogurtes, achocolatados, sucos em caixinha, refrigerantes, bolos e biscoitos. A redução será gradual, assim como ocorreu recentemente no acordo para a redução dos níveis de sal dos produtos.