10/05/2018 10:53 - Educação
10/05/2018 10:53 - Educação
O ministro da Educação, Rossieli Soares, alertou para a necessidade de o Brasil cuidar mais da qualidade de sua educação básica, principalmente da alfabetização, a fim de formar jovens melhor preparados para tornar o Brasil competitivo no futuro.
Rossieli Soares, que assumiu em abril o Ministério da Educação, participou de audiência das comissões de Educação; de Trabalho; e de Fiscalização Financeira, nesta quarta-feira (9).
O ministro traçou um panorama preocupante da educação básica brasileira. Apesar dos altos índices de matrículas – o Brasil registra hoje mais de 57 milhões de matrículas na educação como um todo –, a qualidade deixa a desejar:
"Qual é o país que eu quero? É aceitando que milhares e milhares de crianças, ao final do 3º ano não saibam ler e escrever, alimentando ali abandonos, evasões que vão se seguir em todo o ensino fundamental, no ensino médio e também afetando a vida dessas crianças, que terão menos chances de entrar nas universidades?"
Ao longo de quase sete horas, Rossieli Soares ouviu questionamentos de aproximadamente 30 deputados e de entidades ligadas à educação. Em debate, principalmente, a destinação de recursos para os diversos níveis de ensino. Apesar de defender mais verbas para o setor, a defesa geral do ministro é de que haja um melhor planejamento do dinheiro.
Apesar da explicação, Marianna Dias, presidente da UNE, a União Nacional dos Estudantes, cobrou:
"Onde estão os royalties do pré-sal para a educação, para a saúde? Onde está o fundo social do pré-sal para a educação?"
Falando sobre ensino superior, o ministro da Educação disse que não há previsão de suplementação do Programa de Assistência Estudantil, voltado à permanência de estudantes pobres na universidade. Parlamentares, como o deputado Glauber Braga, do Psol do Rio de Janeiro, temem que o programa seja interrompido:
"Essa política de redução do orçamento por parte do governo visa a expulsar os universitários pobres das universidades públicas?"
No que diz respeito ao financiamento do ensino superior, segundo o ministro, apesar de não haver suplementação para alguns programas, será cumprido tudo o que foi pactuado com entidades de educação e a associação dos dirigentes das universidades para tentar.
O ministro também disse ser contra o projeto conhecido como Escola sem Partido (PL 7180/14), em análise na Câmara, que inclui na legislação a ideia de que os valores de ordem familiar têm precedência sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa. Para ele não há necessidade de uma lei como essa no Brasil.
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