23/02/2018 14:16 - Política
23/02/2018 14:16 - Política
Os novos líderes do Pros, Partido Republicano da Ordem Social, e do PHS, Partido Humanista da Solidariedade, têm críticas à pauta sugerida pelo governo para o ano e apresentam alternativas que, segundo eles, estariam mais alinhadas com o que a sociedade quer.
O deputado Felipe Bornier, líder do Pros (RJ), afirma que não gosta de vir à Câmara apenas para votar medidas provisórias. Seu partido, segundo ele, quer votar principalmente temas que ajudem os municípios brasileiros a enfrentarem as carências de recursos em todas as áreas. Neste sentido, o Pros deve apoiar uma reforma tributária que reorganize a arrecadação, mas sem aumentos de impostos:
"Um novo pacto federativo, descentralização das receitas da União para ajudar os municípios brasileiros que hoje estão com pires na mão, com grande dificuldade. O que a gente quer, na verdade, é pautar também a Casa. Ocupar a tribuna, ocupar as comissões e dar uma alternativa de outras pautas. O que a gente vê é o governo dando sugestão de temas que não são do interesse da sociedade."
Felipe Bornier lembrou que o Pros votou favoravelmente à intervenção no Rio de Janeiro, mas explicou que o governo precisa investir muito mais em educação para oferecer oportunidades para os jovens, reduzindo a entrada na criminalidade.
O novo líder do PHS, deputado Pastor Eurico (PE), acredita que a Câmara não deveria discutir novas privatizações este ano, pois existem outros assuntos que têm mais urgência para a população. E citou a própria questão da segurança pública e a saúde. O partido, porém, também defende temas bem específicos que o deputado vai buscar colocar em pauta, como o projeto "Escola sem partido" (PL 7180/14):
"E nós defendemos que devemos acabar com essa história de nas escolas estarmos tentando catequizar as pessoas para um segmento partidário. Escola não tem nada a ver com partido. Por outro lado, estamos agora também na defesa do chamado homeschooling (PL 3179/12), que é exatamente a escola domiciliar. É um outro problema que estamos enfrentando no Brasil, com muitos pais que querem educar seus filhos em casa. E aí eles podem ser penalizados pela Justiça por estarem tirando o direito da criança de estar na escola. Ora, e por que o pai não pode ensinar? Se ele tiver capacidade, tiver condições, dentro daquilo que traça a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nada melhor do que o próprio pai ensinar a criança."
Pastor Eurico explicou que a bancada não vai se alinhar automaticamente ao governo. Ou seja, todos os temas serão analisados caso a caso para a definição de apoio.
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