09/02/2018 21:34 - Direitos Humanos
09/02/2018 21:34 - Direitos Humanos
"Se a mulher disse não pra você, significa que ela disse não pra você!". É com frases como esta que a ONU Mulheres, organismo internacional de defesa dos direitos humanos da parcela feminina da população, quer mostrar a diferença entre paquera e assédio sexual. A campanha #CarnavalElesporElas tem parceiros governamentais e da sociedade civil para enfatizar que a diferença está no respeito à vontade da mulher. A ideia é provocar a reflexão dos homens sobre o comportamento deles durante bailes, desfiles de rua e outros eventos do Carnaval. E evitar que a cultura do assédio seja reproduzida, tolerada ou normalizada. O slogan é coloquial e direto: "Respeita as mina. É simples"
A bancada feminina da Câmara apoia a campanha da ONU Mulheres. Para a deputada Jô Moraes, do PC do B de Minas, uma vitória das parlamentares em 2017 foi ter colocado este tema na agenda do Legislativo. Ela lembra que o Orçamento aprovado para 2018 tinha menos dinheiro para o combate à violência contra mulher do que o orçamento do ano passado. Mas a bancada se mobilizou e conseguiu ampliar os recursos por meio de emendas. A difusão de campanhas como essa, segundo a deputada, cria um ambiente mais propício para combater os abusos contra a mulher.
"Hoje há um clima de constrangimento, hoje a brincadeira que alguns homens fazem tentando ridicularizar o combate ao assédio já não tem espaço. Por isso que a campanha ‘não é não’ está em cada corpo como uma tatuagem, no corpo e na alma da sociedade brasileira".
Para a deputada Alice Portugal, do PC do B da Bahia, é tradição que a bancada feminina da Câmara contribua de maneira direta em campanhas contra a violência e o assédio. Ela lembra a importância da Lei Maria da Penha, que considera uma das mais completas do mundo e está sendo permanentemente aperfeiçoada. A parlamentar se engajou na mobilização da ONU Mulheres e, durante o Carnaval de Salvador, sai em um bloco batizado com o slogan da campanha.
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