17/01/2018 17:57 - Economia
17/01/2018 17:57 - Economia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que a Reforma Tributária só será bem-sucedida se precedida da aprovação da Reforma da Previdência e de mudanças estruturais do Estado.
Rodrigo Maia argumentou que propostas de alterações de impostos sempre buscam compensações sobre perdas de arrecadação em outros setores e não olham a economia como um todo. Para o presidente da Câmara, é preciso rediscutir os gastos e a gestão dos recursos públicos antes de tentar mudar o sistema de tributação, sob pena de prejudicar algum setor.
"Se a gente não organizar primeiro as despesas do Estado brasileiro, toda a reforma vem respaldada pela Receita Federal e pelos Estados na procura de novos recursos. Por exemplo: na hora em que se está discutindo a simplificação do PIS/Cofins, quando você pressiona um pouquinho mais descobre que, no final, tem sempre um trabalho para aumentar alíquota de algum setor".
Maia disse que já pediu que o deputado Pedro Paulo, do PMDB do Rio de Janeiro, centralize a discussão sobre uma proposta que trate dos gastos obrigatórios do Poder Público.
"Independente de conseguir colocar em votação esse ano ou não, essa PEC pode ser um tema da eleição, ou seja, como se pode pensar um Estado que gasta 100% das receitas com despesas que são obrigatórias. De que forma a gente consegue desmontar isso para que o estado possa ter melhores condições de alocação dos recursos. É um debate importante".
Maia voltou a defender a aprovação da Reforma da Previdência.
"Às vezes eu sou mal interpretado pela imprensa que diz ‘não, você está pessimista’, mas não. Eu tento sempre colocar o que eu acredito: não é fácil botar uma Reforma da Previdência hoje no Brasil, mas a situação é tão grave e o nosso trabalho tem que ser para que, nos próximos 30 dias, a gente possa fazer o convencimento do parlamentar".
O presidente da Câmara está em missão oficial a Washington, capital dos Estados Unidos, onde participou de uma entrevista coletiva em que reforçou a defesa de um governo que preze pela responsabilidade fiscal. Disse ainda que mudanças no setor energético brasileiro, como a privatização da Eletrobras e a mudança no marco regulatório do pré-sal também serão prioridades de 2018.
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