18/12/2017 05:00 - Política
18/12/2017 05:00 - Política
Nesta última semana de trabalho do ano na Câmara, projetos de autoria dos próprios deputados dominam a pauta do Plenário. Entre eles, o que traz a meta de reduzir pela metade o número de mortos e feridos no trânsito. Quase 50 mil brasileiros morrem e 400 mil ficam com sequelas para toda a vida, todos os anos no País, por causa de atropelamentos ou batidas entre veículos. Para diminuir isso, a ideia do projeto é atacar em várias frentes, em especial, duas: uma mudando a cultura de motoristas, pedestres e ciclistas; outra, agindo nos cofres dos estados: quem não cumprir as metas de redução de acidentes, vai ficar com cada vez menos dinheiro das multas de trânsito. É o que explica o autor da proposta, deputado Paulo Foletto (PSB-ES):
"Quem não consegue diminuir nada acaba ficando de fora da distribuição do bolo financeiro. Seria 'um castigo para quem não cumpre e um benefício para quem cumpre'. Como ele é de interesse coletivo, foi aprovado o regime de urgência por todos os líderes de todos os partidos. Eu acredito que não teremos empecilho."
Esta proposta sobre trânsito tem acordo entre os partidos. Já outro projeto que está na pauta do Plenário é mais polêmico: o que cria regras para o lobby no País (PL 1202/07). Muita gente relaciona a atividade à corrupção, por causa desse contato direto que o lobista tem com autoridades. Mas a relatora, deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) destaca que, muitas vezes, esse profissional está defendendo boas causas. Por isso, é preciso ter regras.
"Um bom lobista, um bom agente de relações institucionais e governamentais traz informação precisa porque ele estuda. Quem sabe mais sobre câncer de mama do que uma associação de mulheres que tiveram câncer de mama? Então esse projeto vem para dar luz a uma relação que tem que ser clara, cristalina e limpa entre os agentes privados que querem defender os interesses privados perante o Legislativo e o Executivo."
A pauta do Plenário da Câmara ainda tem diversos acordos internacionais que precisam passar pela avaliação dos deputados.
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