11/12/2017 20:07 - Trabalho
Radioagência
Rodrigo Maia diz que Reforma da Previdência pode ser votada na próxima semana
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta segunda-feira (11) que, se houver os votos necessários, colocará a Reforma da Previdência (PEC 287/16) na pauta do Plenário na semana que vem, a partir de terça-feira (19). Reconhecendo que o prazo é curto, Maia disse que ele e o governo estão trabalhando para avaliar as condições para analisar a proposta antes do recesso.
"A votação da previdência é urgente, vamos trabalhar, trabalhamos no final de semana. Hoje o presidente Michel vai reunir líderes para fazer a contabilidade um a um e ver, onde estão os maiores problemas, ver a distância para 308 votos e ver se tem voto para colocar em pauta na próxima terça-feira, mas não podemos pautar sem uma garantia muito clara de que será aprovada".
Segundo Rodrigo Maia, mesmo se não for analisada neste ano, a Reforma da Previdência não vai sair da agenda da Câmara.
"Esse é um tema que só vai sair quando for votado e aprovado, como a não votação da previdência vai inviabilizar o futuro do Brasil, mas se a gente não tiver condições de votar agora, essa matéria não sai de pauta, ela só sairá de pauta quando for votada, e espero que seja esse texto, que não corta salários e aposentadorias de ninguém, para que a gente possa andar com outras pautas que são fundamentais".
O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), afirmou que o governo está fazendo uma pressão gigantesca sobre os parlamentares, mas que não tem os votos para aprovar a proposta. Segundo Zarattini, a oposição na Câmara está articulada com movimentos sociais e sindicais numa ação nacional para barrar a reforma e constranger os deputados em sua base
"Tem sete pessoas em greve de fome aqui na Câmara, até que suspenda essa votação, vamos estar preparando um corpo a corpo, junto aos deputados para que esses deputados se convençam que não é o momento de fazer a reforma e essa reforma é prejudicial aos trabalhadores. É uma reforma que, ao contrário do que fala a propaganda bilionária do governo, não está retirando privilégios está retirando direitos do povo brasileiro. Qual é o privilégio que está retirando? Queremos que ele prove porque nós vamos provar que ele está retirando direitos".
Um dos atuais vice-líderes e futuro coordenador político do governo Temer, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) disse estar otimista com a aprovação da proposta.
"Calculo aí em torno de 40 a 50 votos para chegar ao Plenário com segurança, estamos precisando de uma onda positiva, temos um crescimento constante, mas ainda não veio aquela onda, se a onda se criar, como em maio quando surgiram as denúncias, mas vamos nos esforçar para que essa onda chegue para que semana que vem possamos votar com vitória a reforma da Previdência".
Marun assume na quinta-feira (14) o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Governo. Ele substitui o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que retorna à Câmara.