11/12/2017 17:19 - Política
11/12/2017 17:19 - Política
A CPI Mista da JBS se reúne nesta terça-feira (12) para discutir e começar a votar o relatório final do deputado Carlos Marun, do PMDB do Mato Grosso do Sul, que na próxima quinta-feira (14) assume o cargo de ministro da Secretaria de Governo, encarregado das negociações políticas do Palácio do Planalto.
Marun vai assumir a pasta uma semana antes do prazo final de trabalhos da comissão, que oficialmente termina no dia 22, e quer que o relatório seja aprovado antes de sua posse no ministério.
Marun não entrou em detalhes a respeito do conteúdo do parecer, mas disse que está analisando a possibilidade de pedir o indiciamento do ex-procurador geral da República Rodrigo Janot e do então chefe de gabinete dele, o também procurador da República Eduardo Pellela.
Marun não informou, porém, que tipo penal seria usado no indiciamento. Disse que a tipificação ainda está sendo analisada.
Segundo Marun, o acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público Federal com os irmãos Wesley e Joesley Batista, controladores da JBS, foi no mínimo controverso e contou com a colaboração do ex-procurador Marcelo Miller, que, de acordo com Marun, atuava para os dois lados.
O relator disse ainda não acreditar que Janot não soubesse das negociações do Ministério Público com os irmãos Batista neste período. E que, se não sabia, ele deixou de ser informado por Pellela.
"Alguém aqui acredita que foi discutida a delação da JBS cerca de 40 dias dentro da Procuradoria Geral da República e que o procurador geral na época não sabia disso? Então aí já está presente uma ilicitude muito grave, que pode resultar sim, a partir daí, num pedido de indiciamento do Janot e, no caso do Pellela, que a princípio era ou o seu representante ou aquele que lhe traía, não levando as informações".
Ao longo dos trabalhos da comissão, Marun afirmou que a colaboração dos irmãos Batista foi explorada politicamente por Janot, com o objetivo de derrubar o presidente Michel Temer.
Alguns integrantes da CPI, como o deputado João Gualberto, do PSDB da Bahia, discordam da avaliação e afirmam que a comissão foi desviada do real objeto das investigações, que era o pagamento de propina dos donos da JBS a agentes políticos em troca de financiamentos públicos.
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