Radioagência

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, voltou a afirmar, nesta sexta-feira (1), que ainda não há votos para aprovar a reforma da Previdência. Ele falou à imprensa no Rio de Janeiro, após participar de um evento sobre segurança pública.

Maia, que participa no domingo (3), em Brasília, de um encontro com Michel Temer e líderes da base aliada sobre a proposta, afirma que as mudanças nas regras de aposentadoria vão permitir a organização das despesas do governo e, com isso, o investimento de mais recursos na segurança pública, na educação e na saúde.

"Se não organizarmos as despesas do governo, não vamos ter dinheiro para investir nas áreas fundamentais. Acho que ser realista é melhor do que ser muito otimista. Acho que é difícil, estamos distantes dos 308 votos, mas a gente sabe que a única forma de pagar o salário do servidor em dia, melhorar o investimento em segurança é que a gente reforme o Estado e reformar o Estado passa pelo equilíbrio da Previdência."

Segundo o presidente da Câmara, a projeção de crescimento de 3% do PIB para o ano que vem mostra que o País está crescendo e, nesse cenário, a aprovação da reforma da Previdência vai ajudar na recuperação econômica.

"Isso vai significar uma recuperação forte do setor produtivo, geração de emprego, acho que a reforma trabalhista está ajudando, acho que, se nós tivermos a condição e convencer os deputados de que a gente pode ter uma reforma com impacto positivo na vida das pessoas que ganham menos, vamos ajudar no resultado da economia."

Rodrigo Maia reafirmou que a proposta não retira direitos dos servidores públicos, não corta salários nem aposentadoria, mas "desmonta um desequilíbrio da Previdência".