30/11/2017 16:25 - Trabalho
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, reconheceu que faltam muitos votos para aprovar a Reforma da Previdência (PEC 287/16) e que não há data para pautar a matéria em Plenário. Em entrevista nesta quinta-feira (30), após evento em São Paulo, Maia afirmou que, além do desgaste enfrentado pelos parlamentares após a rejeição das duas denúncias contra o presidente Michel Temer, muitos deputados, apesar de reconhecerem a importância da proposta, não confirmam o apoio ao texto.
“Estou realista, mas trabalho 24h por dia nesse tema, falta muito voto, porque você faz uma projeção do que está se ouvindo dos líderes, você vê que estão faltando muitos votos."
Maia admitiu discutir uma regra de transição para os que ingressaram no serviço público antes de 2003, mas ressaltou a importância de se preservar pelo menos metade da economia prevista inicialmente, de aproximadamente R$ 800 bilhões. Ele também falou sobre a proposta do PSDB de alterar outros pontos da reforma.
"O PSDB fez três propostas para votar, fora o que foi feito na comissão, e naquelas três propostas, elas inviabilizam a votação, são mais de R$ 100 bi de perda do ajuste fiscal."
Maia também disse que a votação apertada da Medida Provisória 795/17, que reduz tributos da indústria petrolífera, demonstra a dificuldade do governo na articulação no Congresso Nacional. Nesta quarta, o Plenário aprovou o texto-base da MP por 208 a 184 votos, após a obstrução da oposição.
Além disso, por falta de acordo, o governo acompanhou nesta semana a perda de validade de cinco medidas provisórias. Entre elas, a MP 792, que tratava do programa de desligamento voluntário de servidores do Executivo Federal e previa a possibilidade de redução da jornada de trabalho.
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