23/11/2017 16:37 - Política
Radioagência
Encontro de Temer com deputados e especialistas vai ajudar a aprovar Reforma da Previdência, diz Maia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que o encontro entre o presidente Michel Temer, os deputados da base e alguns economistas vai ajudar a convencer os parlamentares a aprovar a Reforma da Previdência. Maia afirmou que o novo texto apresentado está melhor explicado, porque prova que a reforma não vai retirar direitos.
"A comunicação no primeiro semestre ficou muito confusa, e gerou nas pessoas uma expectativa de que vinha para tirar direitos. A reforma vem para desmontar uma distorção na qual os que ganham menos, financiam os que ganham mais. E, se conseguirmos resolver isso, vamos conseguir uma economia muito grande".
Questionado pela imprensa sobre a baixa adesão dos deputados ao jantar oferecido pelo Planalto, Rodrigo Maia disse que houve muitas atividades envolvendo os parlamentares, como posse de ministro e sessão do Congresso, e que isso pode ter contribuindo para o baixo quórum no encontro. Ele explicou que as apresentações dos economistas foram didáticas e serão utilizadas para convencer os parlamentares da importância da reforma.
Maia também foi questionado se a reforma ministerial pode gerar atrito na base e prejudicar a votação na Câmara. Ontem, o Planalto chegou a divulgar agenda informando a posse do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) para o cargo de ministro da Secretaria de Governo, no lugar de Antônio Imbassahy (PSDB-BA), na mesma cerimônia que empossou Alexandre Baldy para o Ministério das Cidades, mas voltou atrás e manteve o tucano no cargo.
Maia disse que isso não vai influenciar na aprovação do texto, mas que essa atribuição é do presidente da República.
"O tema das mudanças ou não do governo, tem que ser tratado pelo governo. Não vai influenciar para que consigamos aprovar matérias importantes. Isso é um problema do presidente Temer e nosso papel é continuar nossa agenda".
O presidente da Câmara reconheceu que o prazo para votação é curto, mas ressaltou que as mudanças são urgentes.
"O que a gente faz? Deixa o Brasil entrar em 2018 e projeta para 2019 uma crise fiscal enorme que pode tirar investimentos e desmontar toda recuperação econômica dos últimos 12 meses?".
A versão apresentada é um pouco mais simples do que a aprovada em maio na comissão especial, e ainda assim é ampla. Com 25 páginas, reduz o tempo de contribuição na iniciativa privada, mas mantém as regras de transição e as idades mínimas de aposentadoria no futuro. O texto exclui os artigos relativos ao trabalhador rural e ao BPC. Para o serviço público, não há mudanças em relação ao parecer da comissão especial.