06/11/2017 12:26 - Meio Ambiente
06/11/2017 12:26 - Meio Ambiente
O desastre ambiental em Mariana, Minas Gerais, ocorreu no dia 5 de novembro de 2015, quando a barragem de rejeitos da Samarco Mineração rompeu-se e derramou 34 milhões de m³ de lama sobre o vale de um subafluente do rio que deságua no Rio Doce. Em cerca de 40 minutos, o fluxo de lama atingiu a barragem de Santarém, situada 3 km abaixo, derramando mais 1,5 milhão de m³ de lama no vale, até chegar à comunidade de Bento Rodrigues, 3 km adiante, que foi totalmente destruída.
A comissão externa criada pela Câmara dos Deputados para acompanhar o caso produziu relatório que responsabiliza civil, penal e administrativamente a Samarco pela tragédia; mas não isenta os órgãos envolvidos no licenciamento e fiscalização da atividade de suas responsabilidades.
Dois anos depois da tragédia, o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), que fez parte do grupo da Câmara, avalia as responsabilidades no evento:
"Toda essa relação que fica meio frouxa acaba vindo à tona. E a sociedade precisa buscar culpados e culpados há. Acredito que a empresa tem responsabilidade importantíssima, a fiscalização também tem e o próprio Ministério Público, que tinha acompanhamentos de trabalhos em relação a esse assunto. Tem uma culpa conjugada, mas a empresa tem a centralidade de sua responsabilidade e da culpa sobre esse assunto, pois ela sabe o volume que estava sendo colocado lá dentro e a capacidade e suportabilidade daquela estrutura e do volume [de rejeitos] ali colocados."
Há cerca de 50 mil ações envolvendo a mineradora Samarco. Vinte e uma pessoas foram denunciadas por homicídio. E após dois anos do crime ambiental, ainda tem morador brigando na Justiça para receber indenização emergencial da mineradora.
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