18/10/2017 16:44 - Meio Ambiente
18/10/2017 16:44 - Meio Ambiente
O Brasil vem aumentando a participação de fontes de energia renováveis - como eólica, solar e hidrelétrica - em sua matriz energética. Atualmente, as fontes limpas correspondem a 85% do que é produzido no País. A expectativa é aumentar esse percentual para até 87% em 2026.
Resoluções da Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica; incentivos financeiros ao setor; e o barateamento de custos vêm permitindo essa expansão. O desafio agora é permitir que também as pessoas físicas, e não apenas as empresas, tenham acesso ampliado às fontes renováveis, principalmente a solar, que pode ser obtida a partir da instalação de painéis fotovoltaicos no telhado de casa.
A revolução tecnológica no sistema de geração e distribuição de energia elétrica no Brasil foi tema de um seminário na Câmara dos Deputados (nesta quarta-feira, 18). O evento foi promovido pela Comissão de Minas e Energia a pedido do deputado Jhonatan de Jesus, do PRB de Roraima.
"Como podemos instituir e levar a energia fotovoltaica para todos os cantos do País com um preço acessível e que a população possa se beneficiar de verdade?"
Uma das formas aventadas no seminário para isso é o incentivo a partir de bancos, como o Banco do Nordeste, que conta com um programa chamado de FNE Sol, de financiamento de sistemas de micro e mini geração distribuída de energia por fontes renováveis.
O programa oferece uma linha de crédito desenhada para o consumo próprio de indústrias, agroindústrias, prestadores de serviços, produtores rurais e cooperativas. Atualmente, existem 154 operações contratadas, com investimentos de mais de 24 milhões de reais. José Rubens Mota, do Banco do Nordeste, falou do assunto.
"Temos visto um crescimento muito forte desse tipo de aplicação, depois de resolução da Aneel, que permitiu alguns avanços na geração distribuída."
Do FNE Sol ficam de fora justamente as pessoas físicas. Para Guilherme Syrkis, do Ministério de Minas e Energia, a inclusão das pessoas físicas esbarra em dificuldades relacionadas com a garantia dos equipamentos e a possibilidade de inadimplência.
"Se o Banco do Brasil, se a Caixa Econômica Federal fizer um financiamento como o Banco do Nordeste fez, focado, com marketing para o setor, eu acho que já um grande avanço pela capilaridade que os bancos têm."
O Brasil está em fase de implantar o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) com metas para 2026. O governo já concluiu a consulta pública e agora está na fase de compilação de contribuições.
Até lá, a expectativa é investir 1 bilhão e 400 milhões de reais no setor energético.
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