13/10/2017 15:51 - Direitos Humanos
13/10/2017 15:51 - Direitos Humanos
O envelhecimento ativo é o conceito mais usado atualmente para definir uma velhice saudável. Entre as recomendações está a volta do idoso aos bancos escolares. Um projeto (PL 6350/13) do senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, que acaba de ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, estabelece que as universidades devem oferecer educação específica para esta faixa etária. Serão cursos e programas de extensão, presenciais ou à distância. A proposta determina também que o poder público apoie a criação de universidades abertas da Terceira Idade, que já existem em alguns estados. E que incentive a publicação de livros e artigos que tenham conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, com formato que facilite a leitura por aqueles que tem redução da capacidade visual. Para a deputada Leandre, do PV do Paraná, que é titular da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, a proposta ajuda no protagonismo da pessoa com mais de 60 anos de idade:
"Quanto mais tempo de estudo ela tem, menos vítima de violência ela é, ela retarda a questão da manifestação de doenças, aumenta a sua reserva cognitiva."
A representante da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Claudio Fló, ressalta que estar em uma universidade faz com que o idoso possa conviver com pessoas mais jovens, uma providência importante para se atualizar. Ela acrescenta que o estudo em idade avançada também colabora para manter a cabeça funcionando:
"Não ficando parado, a gente não perde tanto a memória. Utilizando o cérebro, o cérebro funciona melhor e se mantém funcionando melhor. Esse eu acho que é o maior benefício. E o segundo ótimo benefício é a sociabilização das pessoas."
A especialista em Gerontologia diz que o estudante mais velho não aprende com tanta rapidez como o mais jovem; em compensação, está mais focado e, por isso, se dedica mais ao aprendizado. Como o projeto já passou pelas comissões da Câmara, se não houver recurso pedindo votação em Plenário, ele volta para o Senado, antes da sanção. Os senadores precisam examinar uma emenda que modifica o texto original, incluindo o termo "educação ao longo da vida", para se referir a oferta de cursos que atendam a todas as idades.
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