25/09/2017 11:05 - Política
25/09/2017 11:05 - Política
A CPI da JBS se reúne nesta terça-feira (26) para votar requerimentos que envolvem informações relativas a dados sigilosos como empréstimos do BNDES, movimentações financeiras, bancárias e telefônicas de suspeitos. Estes pedidos precisam ser votados nominalmente, um por um, o que não pôde ser feito na última reunião da comissão, na quinta passada (21), por falta de quórum.
Já na quarta, a CPI se reúne para ouvir os primeiros depoimentos: o do procurador da República Ângelo Goulart Villela e o do advogado do grupo J&F Willer Tomaz de Souza.
Villela é ex-integrante da força tarefa da operação Greenfield, que investigava fraudes em fundos de pensão, entre os quais investimentos dos fundos Petros e Funcef em uma empresa de celulose controlada pelo grupo J&F, a Eldorado.
O procurador foi preso em maio, acusado de receber uma mesada de 50 mil reais para passar informações sobre as investigações a Willer Tomaz de Souza, que também foi preso.
Os pedidos de compartilhamento de informações sigilosas e os depoimentos são considerados fundamentais por um dos sub-relatores da CPI, o deputado Delegado Francischini, do Solidariedade do Paraná, para que as investigações avancem além do que já foi apurado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.
Mas o deputado tem uma preocupação: o grande volume de informações que precisarão ser analisadas. Por isso, ele defende a aquisição de um software para fazer os cruzamentos.
"Com os requerimentos de quebras de sigilos, com os requerimentos de pedidos de informação, com os depoimentos que podem vir, nós vamos ter uma quantidade estupenda de informações que são praticamente impossíveis de serem analisadas sem a ajuda de tecnologia".
Entre os requerimentos que serão votados nesta terça, estão a transferência do sigilo eletrônico dos e-mails enviados e recebidos no endereço pertencente ao ex-procurador da República Marcello Miller, bem como os sigilos telefônicos e bancários do ex-procurador, também suspeito de repassar informações sigilosas ao grupo JBS.
Também há requerimentos dirigidos às operadoras de telefonia pedindo a chamada ERBS, que são os dados das Estações de Rádio Base dos celulares de Marcello Miller; do diretor jurídico da JBS Francisco de Assis; do empresário Joesley Batista; e do executivo da J&F Ricardo Saud.
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