18/09/2017 12:20 - Saúde
18/09/2017 12:20 - Saúde
A proposta modifica a lei (11.664/2008) que trata da prevenção e tratamento do câncer de mama e do colo de útero no SUS. O texto atual já garante a realização de mamografia a todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade, mas não prevê a ecografia da mama.
Os dois métodos são considerados complementares para a detecção do câncer ainda no estágio inicial. A diferença é que a mamografia, um exame feito com raio X, não garante diagnóstico preciso em alguns casos, como o de mulheres que tem o tecido mamário denso, com muitas fibras, que dificultam a visão de nódulos.
Nesses casos, é indicada a ecografia, feita por meio de ultrassom, para dar certeza aos médicos.
O projeto, apresentado originalmente pela senadora Lúcia Vânia, também garante a ultrassonografia para mulheres que não podem ser expostas a radiação.
Para a relatora do projeto na Câmara, deputada Dâmina Pereira, do PSL de Minas Gerais, a proposta traz economia aos cofres públicos, ao ajudar na prevenção.
"Este projeto realmente é muito importante porque muitas vezes, apenas pela mamografia, não se tem um diagnóstico preciso sobre o cisto ou um nódulo. Então a ultrassonografia vem completar esse exame para que a gente possa ter um atendimento mais rápido para essas mulheres com câncer de mama".
Para o médico Henrique Batista, secretário-geral do Conselho Federal de Medicina (CFM), o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento da doença, que a cada ano atinge mais de 50 mil mulheres no Brasil, com quase 15 mil mortes.
Segundo ele, a proposta preenche uma lacuna na lei.
"Em todas as doenças, de modo geral, o diagnóstico quanto mais cedo, melhor. No câncer é fundamental. Eu diria que é uma situação de premência que se faça um diagnóstico precoce do câncer para que possamos obter uma cura, quando possível, ou um tratamento adequado e sustar a evolução da doença, que é grave".
Depois de aprovado na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, o projeto que garante ecografia da mama no Sistema Único de Saúde precisa passar ainda pela análise de duas comissões: a de Seguridade Social e a de Constituição e Justiça.
Como já foi aprovada no Senado, a proposta pode virar lei se passar pelas comissões, sem a necessidade de votação no Plenário da Câmara.
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