29/08/2017 16:23 - Transportes
29/08/2017 16:23 - Transportes
O deputado Hugo Leal, do PSB do Rio de Janeiro, deve reapresentar em breve proposta para instituir o dia nacional de mobilização em memória das vítimas de trânsito. A data de reflexão seria celebrada anualmente no terceiro domingo de novembro, escolhido para coincidir com o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito, instituído pela Organização das Nações Unidas.
"Poucos são os momentos em que falamos das vítimas. São pessoas, são familiares, pessoas que fazem falta para a nossa sociedade. Nada mais justo do que institucionalizar uma data que está prevista no calendário mundial."
Hugo Leal já havia apresentado em 2008 um projeto de lei (PL 4260/08) tratando do assunto. A proposta, aprovada pela Câmara, tramitava no Senado quando entrou em vigor a lei (12.345/10) que estabelece requisitos para a criação de datas comemorativas, entre os quais o debate com a sociedade. O Senado decidiu então pela rejeição do projeto.
O deputado Hugo Leal, no entanto, propôs a reabertura do debate e uma audiência sobre o tema foi realizada (nesta terça, 29) na Comissão de Viação e Transportes.
Representantes de órgãos de trânsito e de vítimas de acidentes de trânsito defenderam a instituição da data.
A analista Clóris Rabelo Costa, do Denatran, o Departamento Nacional de Trânsito, disse que o reconhecimento oficial da data permitiria um trabalho de educação mais amplo.
"Um trabalho de educação no trânsito com diferentes públicos, porque a gente tem um foco muito grande na formação do condutor."
Dados da Organização Mundial da Saúde indicam a morte no trânsito de 1 milhão e 200 mil pessoas a cada ano no mundo. No Brasil são aproximadamente 40 mil mortes todos os anos.
Pais que perderam filhos no trânsito, Fernando Diniz e Diza Gonzaga são favoráveis à luta diária contra essas mortes, mas acreditam que uma data pode realmente servir de reflexão. Diza Gonzaga, presidente da organização Vida Urgente, defendeu punição mais rigorosa de condutores que matam no trânsito por dirigir em altas velocidades ou alcoolizados.
"Na questão do trânsito, realmente, o nome acidente parece uma fatalidade. A grande maioria são crimes de trânsito."
Para a deputada Christiane de Souza Yared, do PR do Paraná, que também perdeu um filho no trânsito, só haverá conscientização das pessoas se houver pertencimento à causa.
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